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Meninos e Meninas

Crianças brincam sem preconceitos
Crianças brincam sem preconceitos

Por volta dos sete anos de idade é comum que os grupinhos de amizade apareçam, isso em razão do amadurecimento da criança, que começa a perceber que existem diferenças entre as meninas e os meninos.

Aparece a vergonha e, em razão dela, afastam-se uns dos outros, evitam as brincadeiras juntas, as conversas também são bem diferentes, os interesses começam a se delimitar pela sexualidade, como: meninos devem gostar de carros, lutas, futebol enquanto meninas devem brincar de bonecas, panelinhas e assistir desenhos do tipo “Ursinhos Carinhosos”(criados pela American Greetings, 1981).

Esses aspectos são impostos pela sociedade desde muito cedo. É normal vermos críticas em relação a um menino, porque este manifesta interesse em brincar de boneca e panelinha. Mas como se tornar um bom pai de família, participativo nas atividades domésticas, se quando criança não o deixaram que descobrisse a importância das mesmas? E a mulher, como aprender a ser competitiva, ir à luta profissionalmente, se quando pequena foi estimulada às atividades domésticas?

Essas são as diferenças impostas pela sociedade, que acredita não prejudicar na formação de nossas crianças, mas que as afasta da realidade, criando um mundo de faz de conta não vantajoso, onde as meninas devem ser delicadas, sonhadoras e meninos fortes, agressivos.

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Pais e educadores da atualidade devem abrir espaço para essas descobertas, fazendo com que as crianças experimentem o mundo como ele é, tendo que enfrentar e resolver problemas em todas as áreas da vida.

É necessário que o menino aprenda a mostrar suas fragilidades, bem como a menina divulgar suas fortalezas, pois esses são recursos fundamentais para se viver em harmonia consigo mesmo.

Ninguém pode ser frágil o tempo todo, aceitar de forma passiva as imposições de outras pessoas. Do mesmo modo, ninguém pode ser só fortaleza e agressividade para se autoafirmar como machão. Homem que é homem consegue usar uma camisa cor-de-rosa e trocar as fraldas do filho sem mexer com sua masculinidade e, pode ainda, chorar diante dos problemas e emoções que a vida traz. E a mulher, bem, essa já possui uma fortaleza natural, para suportar as pressões sociais. Basta aprender e ter a chance de usá-la.

Publicado por Jussara Barros

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