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Cajuzinho-do-cerrado

O cajuzinho-do-cerrado é uma espécie nativa do cerrado brasileiro e pertence à mesma família do caju comum
O cajuzinho-do-cerrado é uma espécie nativa do cerrado brasileiro e pertence à mesma família do caju comum

O cajuzinho-do-cerrado (Anacardium humile), também conhecido como cajuzinho-do-campo ou cajuí, pertence à família Anacardiaceae e é uma espécie que ocorre em campo sujo e cerrado, nos estados de Goiás, Minas Gerais, Rondônia, Bahia, Mato Grosso, Mato Grosso do sul, Paraná, São Paulo e no Distrito Federal.

De natureza arbustiva, é uma espécie melífera, que floresce de setembro a outubro, frutificando em novembro, apesar de apesentar baixa capacidade de produção de frutos e sementes.

Assim como o caju comum (Anacardium occidentale), o cajuzinho-do-campo também é um pseudofruto. Seus frutos pequenos são muito consumidos in natura e também na forma de sucos, doces e geleias. Quando fermentados, fornecem uma espécie de aguardente conhecida pelos índios como cauim. As castanhas são consumidas em forma de amêndoas, da mesma forma que o caju comum, e são ricas em vitaminas B1 e B2, proteínas, lipídeos, niacina, fósforo e ferro.

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Toda a planta do cajuzinho-do-cerrado é empregada na medicina popular. A infusão de suas folhas e da casca do caule subterrâneo é utilizada para curar diarreias. O óleo encontrado na castanha tem ação antisséptica e cicatrizante, sendo também empregado na indústria para a produção de matérias plásticas, vernizes e isolantes.

O pedúnculo do cajuzinho-do-cerrado é rico em vitamina C, fibras e compostos antioxidantes. Essa composição biológica está associada à prevenção de doenças crônico-degenerativas, como doenças cardiovasculares, câncer e diabetes. A infusão das inflorescências é utilizada para combater a tosse e baixar o nível de glicose nas pessoas diabéticas.

O cajuzinho-do-cerrado é muito consumido por animais silvestres, o que ajuda na disseminação de suas sementes, que possuem baixa capacidade de germinação. Por ser uma espécie rasteira, é mais suscetível à ação do homem e do fogo, e está concorrendo com outras espécies ao título de espécie ameaçada de extinção.

Publicado por Paula Louredo Moraes

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