Terremoto no Chile
Com extensão territorial de 756.945 quilômetros quadrados, o Chile é habitado por 16.970.265 pessoas. Seu território está localizado em uma zona de instabilidade tectônica, sendo, portanto, uma área de convergência entre placas tectônicas. As placas de Nazca e a Sul-Americana movimentam-se, uma em direção a outra.
Tal fenômeno desencadeia terremotos, pois o país localiza-se na borda da placa Sul-Americana. De acordo com o Instituto de Geofísica da Universidade do Chile, o encontro dessas duas placas produz um terremoto de grande magnitude a cada década.
Vários terremotos já atingiram o país. O que causou maior destruição foi o que ocorreu no dia 22 de maio de 1960, na cidade de Valdívia. Nessa ocasião, o terremoto atingiu 9,5 graus na escala Richter, deixando 1.655 pessoas mortas e mais de 2 milhões de desabrigados. Outros terremotos de grande magnitude foram registrados no país, no entanto, não foram tão destruidores, pelo fato de terem atingido áreas despovoadas.
No dia 27 de fevereiro de 2010, o território chileno foi atingido novamente por um terremoto. Sua magnitude foi de 8,8 graus, atingindo o centro-sul do Chile, considerado o sétimo terremoto mais intenso (destruidor) registrado no planeta. Esse fenômeno foi responsável por muitas perdas no país, pois ocorreu em áreas povoadas e com grande número de construções.
Conforme o Instituto Geológico dos Estados Unidos, o terremoto ocorreu na região de Bío Bío e teve seu hipocentro a 35 quilômetros abaixo do nível do mar. A cidade de Santiago, capital do Chile, fica a 320 quilômetros de distância da referida região, mas apesar desta distância, os tremores foram responsáveis por mortes e danificações na infraestrutura da capital chilena. Concepción, segunda cidade mais populosa do país (500 mil habitantes), está localizada a 91 quilômetros de distância do local onde foi registrado o epicentro do terremoto, sendo uma das mais afetadas pelos tremores. Até mesmo alguns países sul-americanos sentiram as consequências do sismo, inclusive o Brasil.
Após o primeiro terremoto de 8,8 graus, outros tremores foram registrados – de magnitudes que variaram entre 5,2 e 6,9 graus na escala Richter. Um tsunami também foi desencadeado pelo terremoto, provocando ondas que atingiram 300 metros de terra firme.
Os gastos com a reestruturação do país podem chegar a 30 bilhões de dólares. De acordo com a presidente Michelle Bachelet, o país pode levar três anos para ser reconstruído. O terremoto afetou 80% do mesmo, cerca de 1,5 milhões de casas foram danificadas, rodovias foram destruídas, três hospitais em Santiago, desabaram, o edifício do governo em Concepción desmoronou, e estima-se que 2.200 pontes terão que ser refeitas. Segundo a Agência Nacional de Emergência do Chile, 802 pessoas morreram.