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Araticum-do-cerrado

O araticum-do-cerrado é um fruto nativo do cerrado brasileiro
O araticum-do-cerrado é um fruto nativo do cerrado brasileiro

O araticum-do-cerrado (Annona crassiflora), da família Annonaceae, é uma fruta nativa do cerrado brasileiro, popularmente chamada de marolo, cabeça-de-negro ou bruto. Outros frutos que pertencem à família Annonaceae têm forma parecida com o araticum-do-cerrado, como a ata, também conhecida como pinha ou fruta-do-conde. O nome araticum vem do tupi e significa “fruto mole”.

A árvore do araticum-do-cerrado é chamada de araticunzeiro e pode atingir até 8 metros de altura. Sua floração ocorre de setembro a novembro, sendo sua frutificação nos meses de novembro a março. Essas árvores possuem polinização entomófila, sendo os principais polinizadores os besouros. Não apresentam grande quantidade de frutos, mas em compensação apresentam frutos de até 2 kg.

O araticum-do-cerrado é um fruto grande, que apresenta polpa adocicada, rica em ferro, potássio, cálcio, vitamina C, vitamina A, vitamina B1 e B2. Com relação às polpas ocorrem dois tipos de frutos: o araticum de polpa rosada, mais doce e macio; e o araticum de polpa amarelada, não muito macio e um pouco ácido. Na época de sua frutificação são comuns o seu consumo pelas populações locais e sua comercialização em feiras ou em beira de estradas.

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Na culinária, o araticum-do-cerrado é a espécie mais bem aproveitada da família Annonaceae. Além de seu consumo in natura, também são produzidos, a partir dele, bolachas, geleias, sucos, licores, bolos, sorvetes, doces, entre várias outras receitas. As folhas e sementes do araticunzeiro são utilizadas para conter a diarreia, induzir a menstruação, além de serem usadas no tratamento de úlceras, cólicas, câncer de pele e reumatismo.

Infelizmente muitos araticunzeiros estão sendo arrancados em razão do desmatamento. Como a semente demora muito para germinar (em torno de 300 dias), corre-se o risco de não haver mais essa árvore, típica do cerrado, sem o cultivo humano.

“O quanto em toda vereda em que se baixava, a gente saudava o buritizal e se bebia estável. Assim que a matlotagem desmereceu em acabar, mesmo fome não curtimos, por um bem: se caçou boi. A mais, ainda tinha araticum maduro no cerrado.” Guimarães Rosa em Grande sertão: veredas, pg. 372

Publicado por Paula Louredo Moraes

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