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Urna eletrônica

Urna eletrônica é o equipamento utilizado para o registro dos votos dos eleitores brasileiros. Foi usada pela primeira vez nas eleições de 1996.
Urna eletrônica, com logo da Justiça Eleitoral na tela, sobre uma mesa de madeira.
A urna eletrônica é o equipamento utilizado para registrar os votos dos eleitores brasileiros. [1]

A urna eletrônica é o equipamento que registra os votos dos eleitores brasileiros durante as eleições. Ela faz o registro em um cartão de memória, o que permite que a apuração dos resultados seja muito mais rápida atualmente. A urna eletrônica foi desenvolvida na década de 1990 por meio de um projeto do Tribunal Superior Eleitoral.

A primeira vez que a urna eletrônica foi utilizada no Brasil foi nas eleições municipais de 1996, com a participação de 57 cidades. Nas eleições municipais de 2000, ela passou a ser utilizada em todo o território brasileiro.

Leia também: Qual é a história das eleições no Brasil?

Resumo sobre urna eletrônica

  • A urna eletrônica é o equipamento que registra os votos durante as eleições.

  • É composta por: CPU, software, teclado no estilo telefônico, impressora, espaço para um cartão de memória e bateria com autonomia.

  • Antes da votação, ela emite a zerésima, para garantir que não há votos registrados em sua memória.

  • No final da votação, ela emite o boletim, que contabiliza os votos registrados.

  • Atualmente, o TSE conduz uma série de testes para garantir a segurança desse equipamento.

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O que é uma urna eletrônica?

A urna eletrônica é um equipamento que computa os votos dos eleitores brasileiros durante as eleições. Lembrando que as eleições são realizadas em nosso país a cada dois anos, e todas ocorrem mediante urna eletrônica. Voto em cédulas só acontece em condições emergenciais — quando a urna eletrônica apresenta algum problema de funcionamento e não foi possível organizar sua substituição.

A urna eletrônica é um microcomputador desenvolvido com a única finalidade de registrar os votos, e, para isso, ela possui uma CPU (central de processamento), uma fonte de energia que lhe dá autonomia e que também pode ser conectada diretamente em uma tomada, além de um software que garante o seu funcionamento.

Como utilizar a urna eletrônica?

A urna eletrônica foi criada para reduzir o envolvimento humano na apuração dos votos, minimizando as possibilidades de fraude. Além disso, ela foi projetada para ser usada da forma mais simples possível. Para tanto, adotaram um sistema numérico idêntico ao de um telefone convencional.

O eleitor digita os números do seu candidato e confirma o voto. Caso precise corrigir algo nos números digitados, o cidadão pode apertar a tecla “corrige”. Ele também pode apertar a tecla “branco” para votar em branco, ou ainda digitar um número que não corresponde a nenhum candidato ou partido se quiser anular o seu voto.

A urna eletrônica tem um cartão de memória que registra de maneira aleatória os votos contabilizados pela máquina, e esse cartão é retirado da máquina ao final da votação e levado para os tribunais regionais — onde a contabilidade é feita. Os votos guardados na urna eletrônica ficam criptografados para garantir a segurança das informações contidas nela.

Além disso, a urna eletrônica possui um pequeno módulo de impressão que emite uma declaração de que não votos registrados na máquina, a zerésima, e, no final da votação, é emitido o boletim de urna — uma declaração impressa de todos os votos registrados naquele aparelho.

A urna eletrônica só registra o voto quando é liberada pelo terminal do mesário, um microcomputador que fica conectado a ela. É o próprio mesário, depois que o eleitor se identifica por meio da biometria, que faz essa liberação.

Saiba mais: Qual a diferença entre voto nulo e branco?

Redemocratização do Brasil e a necessidade da urna eletrônica

A implantação da urna eletrônica no Brasil foi fruto da redemocratização de nosso país, iniciada com o término da Ditadura Militar, em 1985. Uma das formas pelas quais esse processo se realizou foi com o restabelecimento integral do voto popular, um direito que ficou restrito durante esse período.

O voto em nosso país ocorria como em boa parte do planeta atualmente: por cédulas. Além disso, a apuração era manual e se estendia por vários dias. Uma demonstração de que a redemocratização estava em curso em nosso país foi a eleição presidencial de 1989, quando milhões de brasileiros puderam escolher seu presidente. A última vez que isso tinha acontecido foi em 1960.

Junto da redemocratização, estabeleceu-se o desejo de muitos para que as eleições fossem aprimoradas, e isso passava pela modernização e informatização do sistema eleitoral brasileiro. O objetivo principal disso era garantir que o processo eleitoral de nosso país fosse o mais limpo possível e, portanto, livre de fraudes.

Esse ato de modernização evidenciava a necessidade de agilidade na apuração dos votos e garantia de que a definição fosse mais rápida do que costumava ser manualmente. Foram essas necessidades que contribuíram para a instalação da urna eletrônica aqui.

Criação da urna eletrônica

A modernização do sistema eleitoral do Brasil começou, já na década de 1980, com o início da redemocratização de nosso país, e o pontapé foi a informatização dos dados dos eleitores brasileiros. Isso ampliou consideravelmente o banco de dados do Tribunal Superior Eleitoral.

Por fim, na década de 1990, foi iniciado um projeto para a criação de um aparelho eletrônico que permitisse o registro dos votos, algo previsto no Código Eleitoral desde a década de 1930. O projeto decidiu criar uma máquina do zero, surgindo então o coletor eletrônico do voto, conhecido por sua sigla CEV.

A primeira vez que a urna eletrônica foi utilizada no Brasil foi em 1996, durante as eleições municipais. Seu uso nesse momento foi parcial, pois apenas 57 cidades brasileiras contaram com o equipamento, enquanto o restante do país seguiu votando por cédulas. A urna eletrônica foi implantada em todo o país em 2000, ano em que também houve as eleições municipais, consolidando-se como a forma pela qual os eleitores brasileiros votam.

Segurança da urna eletrônica

Passadas décadas da implantação da urna eletrônica no Brasil, muitas pessoas ainda se questionam sobre a segurança do voto nesse aparelho. Muitos brasileiros desconfiam da tecnologia, temendo que as urnas eletrônicas sejam alvo do ataque de hackers com o propósito de manipular a eleição. No entanto, o Tribunal Superior Eleitoral nunca registrou nenhuma fraude no sistema utilizado.

Isso não significa que não devem ser tomadas medidas de segurança para garantir a lisura do processo eleitoral em nosso país, de modo que constantemente testes de segurança são realizados na urna eletrônica, e, sempre que alguma vulnerabilidade é identificada, as ações para sua correção são feitas. Os testes de segurança são públicos e ocorrem com o acompanhamento de importantes instituições da sociedade civil a fim de garantir a lisura do processo.

Crédito de imagem

[1] Isaac Fontana / Shutterstock 

Publicado por Daniel Neves Silva
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