Escrevendo em Miguxês
A linguagem dos meios virtuais de comunicação tem preocupado pais e educadores de um modo geral, pois crianças e jovens tem se utilizado de abreviações que nada tem a ver com a forma padrão da língua escrita.
Com isso, acredita-se que haverá prejuízos, pois deixam de lado as formas corretas de ortografia, gramática e pontuação, inventando códigos e símbolos que facilitam e agilizam a comunicação.
A simbologia do internetês ou miguxês, como é chamada pelos jovens, não segue as abreviações dos acrônimos, aquelas sílabas e palavras universalizadas para as telecomunicações, como das mensagens dos telegramas. A maioria aparece de forma inovadora, porém com abreviações errôneas como: naum – não; flw – falou; cmg – comigo; blz – beleza; KD ou kde – cadê; tc – teclar; add – adicionar, etc.
Outro aspecto que mudou foi quanto ao lado da psicologia, pois através das famosas carinhas, chamadas de emoticons, os usuários conseguem expor seus sentimentos sem dificuldades, demonstrando quando estão com raiva, tristes, cansados, assustados, chorando, alegres, chateados, apaixonados, dentre outras sensações.
Recentemente, pesquisadores avaliaram jovens e crianças e descobriram que a linguagem virtual não prejudica as normas cultas da língua, pois os mesmos conseguem distinguir onde usar cada uma delas.
Nas pesquisas, vários estudantes explicaram que não usam as abreviações nas provas e trabalhos escolares, pois sabem que os professores não aceitam esse tipo de escrita, podendo prejudicar suas notas.
Ficou comprovado ainda que a comunicação entre a geração que nasceu com um computador instalado no quarto, cresceu substancialmente, pois antes os jovens não se comunicavam por escrito.
Dessa forma, com maior exercício da escrita, mesmo que em códigos, houve um aumento na criatividade das crianças e jovens, além dos mesmos terem melhorado na desenvoltura dos textos apresentados na escola.
A geração atual gosta de se comunicar através da forma escrita e isso tende a aperfeiçoar cada vez mais suas produções textuais.
Mas é fundamental que as escolas assumam o papel de trabalhar seriamente sobre os conteúdos da língua portuguesa, não acolhendo os códigos de internet apenas para mostrar aos alunos a importância da escrita culta e formal, o que garantirá um ótimo futuro enquanto profissionais.