Liberalismo econômico
O liberalismo econômico é uma escola de pensamento e uma doutrina de economia voltadas para a defesa da ausência do Estado na esfera economicista das sociedades. Ele defende, assim, a autorregulamentação do mercado. São características do liberalismo a propriedade privada e a livre concorrência.
Historicamente, essa corrente econômica surgiu com o advento do capitalismo, em oposição ao mercantilismo. O liberalismo sofre diversas críticas, especialmente em relação aos seus aspectos sociais.
A reformulação das ideias do liberalismo deu origem ao neoliberalismo. No Brasil, a adoção de práticas neoliberalistas é muito forte, como por meio de privatizações de estatais.
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Resumo sobre o liberalismo econômico
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O liberalismo é uma escola que prevê a liberdade econômica em diversos campos da sociedade global.
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Essa vertente da economia defende principalmente a total liberdade econômica dos Estados nacionais.
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O livre mercado, o livre câmbio e a livre concorrência são características defendidas pelo liberalismo.
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A escola do liberalismo surgiu em oposição ao mercantilismo e com forte influência do capitalismo.
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São pensadores importantes da lógica do liberalismo: Adam Smith, Thomas Malthus e David Ricardo.
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O sistema liberalista foi bastante criticado, especialmente por causa de sua defesa da ausência estatal na economia.
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O neoliberalismo é uma versão reformulada do liberalismo que também defende ideias amplamente liberais.
O que é o liberalismo econômico?
O liberalismo é um modelo econômico e social, desenvolvido no contexto da ascensão do sistema capitalista de produção, que defende a livre regulamentação do mercado e da economia. Assim, é uma escola que prevê a liberdade econômica em diversos campos da sociedade global.
O que o liberalismo econômico defende?
A premissa básica do liberalismo é a ausência de intervenção do Estado na economia. Portanto, a economia é autorregulada, ou seja, não depende de ações estadistas para funcionar. Na mesma lógica, o agente econômico principal é o sujeito, enquanto consumidor, que atua conforme a ausência de regras preestabelecidas para o funcionamento do mercado. Sendo assim, o liberalismo defende, principalmente, a total liberdade econômica dos Estados nacionais.
Quais são as características do liberalismo econômico?
O liberalismo econômico tem como característica principal a ausência do Estado na economia. Portanto, são aspectos defendidos por essa doutrina econômica os chamados livre mercado, livre câmbio e livre concorrência, que expressam a liberdade estatal máxima em termos econômicos, e, ainda, a defesa da propriedade privada.
História do liberalismo econômico
A doutrina do liberalismo econômico surgiu no século XVIII, em um contexto de ascensão do capitalismo, frente à lógica mercantilista ainda presente na época. No mesmo período, houve a formação dos chamados Estados nacionais, logo, foi necessário propor soluções para a ação do Estado, com forte viés capitalista, no cenário econômico.
Sendo assim, as ideias do liberalismo econômico foram fundadas, especialmente por pesquisadores ingleses ligados à economia pós-mercantilista, com vista a defender a ausência da participação do Estado na economia.
A escola econômica do liberalismo tomou grande força até o início do século XX, sendo reformulada por diversos autores, mas entrou em forte decadência com a eclosão da chamada Crise de 1929.
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Principais pensadores do liberalismo econômico
Há um conjunto de pensadores que foram fundamentais para estabelecer as bases da escola econômica liberal. Os principais são:
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Adam Smith (1723-1790): esse pesquisador inglês é considerado o pai do liberalismo, visto que foi o pioneiro na formulação das doutrinas que seguem essa lógica econômica, especialmente a defesa da ausência do Estado na economia.
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Thomas Malthus (1776-1834): esse economista inglês estudou principalmente a relação entre o crescimento das populações e o desenvolvimento econômico. Ele defendia o controle populacional como alternativa para as sociedades globais.
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David Ricardo (1772-1823): esse filósofo inglês afirmava que o comércio global deveria ser autorregulado mediante as vantagens econômicas de cada nação, logo, não haveria a necessidade de impor barreiras comerciais entre os países.
O liberalismo econômico no Brasil
O Brasil, durante o auge do liberalismo econômico, passava por vastas mudanças políticas, econômicas e sociais, que, em conjunto com uma economia periférica, interferiram na implementação dessa vertente econômica no país. Mesmo assim, a atividade econômica brasileira esteve diretamente ligada às práticas liberais, desde os primórdios do estabelecimento de um mercado global entre o país e as demais nações do globo, como ao longo do ciclo econômico do café.
A Crise de 1929, assim como ao redor do mundo, reduziu a expressividade do pensamento liberalista no Brasil. Já no final do século XX, as ideias do liberalismo econômico adquiriram grande força nos governos brasileiros, em sua forma repaginada, chamada de neoliberalismo.
Críticas ao liberalismo econômico
O liberalismo econômico é alvo de duras críticas de correntes econômicas e pensadores diversos, desde defensores do marxismo até do keynesianismo, principalmente em razão da defesa da ausência do papel do Estado na economia. Nesse sentido, para os críticos, a ausência econômica estatal contribui para o aumento da vulnerabilidade social das populações.
Ademais, os opositores do liberalismo defendem que é necessário que o Estado coordene ações públicas diversas, em áreas como saúde e educação, por exemplo. O próprio neoliberalismo, visto que é uma doutrina liberalista renovada, também tece algumas críticas ao movimento econômico liberal, reformulando, assim, alguns aspectos dessa doutrina.
Neoliberalismo
O neoliberalismo é uma escola econômica que parte de ideias liberais para defender a livre iniciativa na economia, em defesa da diminuição da atuação estatal nas esferas econômicas. Esse modelo, considerado uma reformulação das ideias do liberalismo econômico, surgiu após o declínio do liberalismo radical.
Assim, com certa influência de políticas sociais advindas do chamado Estado de bem-estar social, mas ainda com forte presença das características liberais do liberalismo econômico, o neoliberalismo surgiu como uma alternativa para os mercados globais. A privatização de empresas estatais, a diminuição do funcionalismo público e o fomento a iniciativa privada são aspectos marcantes do neoliberalismo.
→ Videoaula sobre o neoliberalismo
Exercícios resolvidos sobre liberalismo econômico
Questão 1
(Unicentro) Nas últimas décadas do século 20, a expressão “neoliberalismo” passou a fazer parte não só do dia a dia de economistas, mas, também, do noticiário jornalístico, que difundiu o termo para toda a sociedade. Obviamente, para haver um “neoliberalismo”, é preciso que tenha havido, anteriormente, um “liberalismo”, doutrina econômica que tem suas bases em autores clássicos, como o filósofo escocês Adam Smith. “O liberalismo vem do individualismo. As três questões básicas do liberalismo são a garantia da propriedade privada, a garantia dos excedentes monetários e a liberdade de usar os excedentes monetários, para qual se usa a doutrina de Adam Smith”, diz o professor do Departamento de Ciências Sociais da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), Valter Duarte Ferreira Filho.
O liberalismo econômico surgiu dentro do âmbito da passagem do mundo feudal para o sistema capitalista. Considerando-se esse contexto, é correto afirmar que
a) a defesa da liberdade de comércio e da produção se opunha às restrições do sistema mercantilista.
b) o controle estatal na economia contribuiu para o pioneirismo inglês no processo da Revolução Industrial.
c) a Lei do Máximo, estabelecida pelo governo jacobino no processo da Revolução Francesa, concretizou as concepções de Adam Smith.
d) o Império Napoleônico estabeleceu os princípios defendidos por Rousseau e a restrição do comércio com a Inglaterra.
e) a teoria da mais valia defendeu, na íntegra, os princípios liberais, ao afirmar que o trabalho seria a única fonte de riqueza.
Resolução: alternativa A. O liberalismo econômico surgiu como uma oposição ao sistema mercantilista de produção, pois este defendia certa restrição nas questões econômicas nacionais.
Questão 2
(Unicentro) Nas últimas décadas do século 20, a expressão “neoliberalismo” passou a fazer parte não só do dia a dia de economistas, mas, também, do noticiário jornalístico, que difundiu o termo para toda a sociedade. Obviamente, para haver um “neoliberalismo”, é preciso que tenha havido, anteriormente, um “liberalismo”, doutrina econômica que tem suas bases em autores clássicos, como o filósofo escocês Adam Smith. “O liberalismo vem do individualismo. As três questões básicas do liberalismo são a garantia da propriedade privada, a garantia dos excedentes monetários e a liberdade de usar os excedentes monetários, para qual se usa a doutrina de Adam Smith”, diz o professor do Departamento de Ciências Sociais da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), Valter Duarte Ferreira Filho.
A adoção dos princípios do liberalismo econômico contribuiu para a
a) formulação da Doutrina Truman.
b) consolidação do Estado de bem-estar social.
c) política desenvolvida pelos regimes nazi-facistas.
d) eclosão da Crise de 1929.
e) expansão da Revolução Russa.
Resolução: alternativa D. A Crise de 1929, uma das maiores crises econômicas do período recente, impactou negativamente o sistema econômico liberalista, além de levantar debates sobre as fragilidades dessa escola econômica.