Tomografia por emissão de pósitrons
É sabido que a cada dia que passa a ciência desenvolve novos equipamentos que permitem a detecção de doenças antes não identificadas. Graças a esses avanços tecnológicos que a medicina tem obtido grandes sucessos em diversos tipos de tratamento clínico. Provavelmente já ouvimos falar em ressonância magnética, que faz imagens do corpo humano através de um campo eletromagnético oscilante.
A ideia para esses tipos de exames surgiu há, aproximadamente, trinta anos. Em conceitos físicos sabemos que só é possível enxergarmos ou detectamos algo que consiga emitir fótons ou radiação eletromagnética, portanto, uma das opções que os cientistas encontraram para ver o interior do corpo humano, a fim de detectar doenças, foi através da injeção de substâncias, denominada de marcadores ou traçadores, nas quais são inseridos elementos radioativos que funcionam como fontes indiretas de fotos.
Os elementos radioativos mais usados para inserção no corpo humano são elementos como o carbono-11, o flúor-18, o oxigênio-15 etc.
Os elementos injetados no corpo, e que servem como fontes de fótons, são isótopos radioativos artificiais. Esses isótopos possuem um núcleo instável que emite pósitrons que colidem com os elétrons do tecido humano a ser examinado. Após a colisão entre os pósitrons e os elétrons, ambos se aniquilam, gerando um par de raios gama, isto é, gerando fótons de alta energia.
Os fótons, que são emitidos simultaneamente após a colisão dos pósitrons e elétrons, são detectados e por meio deles é determinada a sua origem. Após sua detecção, faz-se o mapeamento do órgão onde eles iniciaram. O mapeamento dos órgãos depende basicamente dos elétrons aniquilados que pertencem aos tecidos. A localização e a distribuição desses elétrons possibilitam o diagnostico médico.
Os exames realizados através da tomografia por emissão de pósitrons fornecem imagens do fluxo sanguíneo e de outras funções bioquímicas do corpo humano, como, por exemplo, o metabolismo da glicose no cérebro e as rápidas variações da atividade em diferentes áreas do corpo humano, características de processos cancerígenos.
Podemos dizer que a grande limitação do uso de tomografia por emissão de pósitrons está no local onde se faz o exame, que deve estar próximo a um centro produtor de elementos radioativos necessários ao seu uso.