Ampliando noções acerca da redundância
Mediante nossa prática cotidiana enquanto interlocutores, muitas vezes proferimos ou até mesmo deparamo-nos com circunstâncias comunicativas nas quais constatamos desvios de distintas naturezas, sejam estes de ordem ortográfica, sintática, morfológica, entre outros.
Estes, por sinal, se tornam imperceptíveis, pois, sobretudo em se tratando da oralidade, determinadas ocorrências acontecem de forma automática que, para detectá-las, faz-se necessário um certo conhecimento dos fatos que norteiam a língua. O fato é que tais manifestações comprometem de forma direta o desempenho linguístico de qualquer falante.
Conforme dito, vários são esses desvios. Sendo assim, o foco de nossa discussão direciona-se para um deles – por sinal bastante recorrente –, a redundância. Quando o pleonasmo abstém-se de seu caráter enfático, ele se transforma no que chamamos de redundância, cuja característica é, senão, a repetição desnecessária de uma ideia antes ressaltada, a qual configura um vício de linguagem. Situações relativas a “encarar de frente”, “elo de ligação”, “planejar antecipadamente” ilustram o assunto em questão, pois, mediante o atributo de únicas palavras (tais como elo, encarar e planejar), a elas infere-se toda uma noção do discurso ora proferido, dispensando assim qualquer tipo de complementação que porventura os acompanhe.
Com base nesses pressupostos, torna-se interessante que tenhamos uma noção um tanto quanto ampliada no que tange aos casos representativos, no sentido de evitarmos cometer este vício. Para tanto, sugere-se que analisemo-los:
Por Vânia Duarte
Graduada em Letras