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Metais Alcalinos

A familía dos metais alcalinos compreende os elementos da família 1 ou IA
A familía dos metais alcalinos compreende os elementos da família 1 ou IA

Os elementos que pertencem à família dos metais alcalinos são aqueles que pertencem à coluna 1 ou IA. Respectivamente, na ordem da Tabela, eles são: Lítio (Li), Sódio (Na), Potássio (K), Rubídio (Rb), Césio (Cs) e Frâncio (Fr).

Esses elementos receberam o nome de alcalinos (em árabe, a palavra alkali significa cinzas de plantas), pois os primeiros deles a serem descobertos (o sódio e o potássio) foram encontrados em cinzas de vegetais queimados. Inclusive esses dois elementos são os mais utilizados pelo homem e estão presentes em maior quantidade na natureza.

Os metais alcalinos possuem propriedades semelhantes entre si, por isso pertencem a mesma família ou grupo na Tabela. Porém, as características dos metais alcalinos são diferentes das características dos metais com os quais estamos acostumados. Por exemplo, apesar de serem sólidos à temperatura ambiente (o Césio e o Rubídio podem ser encontrados em dias muito quentes no estado líquido, em razão do seu baixo ponto de fusão, inferior a 40°C); eles são macios e podem até ser cortados com uma faca.

O sódio, por exemplo, é um sólido branco, leve e mole como cera e, conforme a figura abaixo, pode ser cortado facilmente. Contudo, o cientista está usando luvas, porque o elemento queima a pele se o segurarmos com a mão. Além disso, ele é muito reativo, oxida-se rapidamente (a superfície brilhante exposta pelo corte escurece até pegar fogo espontaneamente com o ar) e reage violentamente com a água. Por isso, normalmente, o sódio e os outros membros da família dos alcalinos, que também são muito reativos, são guardados em querosene, óleo ou benzeno, para não entrarem em contato com a umidade do ar e com o seu oxigênio.

O metal sódio é tão macio que pode ser cortado com uma faca.

O metal sódio reage violentamente com a água.

Todos os alcalinos possuem apenas 1 elétron na sua camada de valência (genericamente, ns1), tendo, portanto, a tendência de perder esse elétron e formar cátions monovalentes, isto é, com a carga +1. Visto que eles possuem apenas um elétron na camada de valência, sua energia de ionização* é baixa, e é fácil haver a perda desse elétron. Esse fato explica sua alta reatividade, principalmente com os halogênios (elementos da família 17 ou VII A), que recebem 1 elétron para ficarem estáveis.

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Mas ao perder esse único elétron, as características dos metais alcalinos mudam de forma extraordinária. No caso do sódio, por exemplo, quando ele realiza uma ligação iônica com o cloro (Cl), doando um elétron para ele, ele se torna o cátion sódio (Na+) e forma o cloreto de sódio (NaCl), que é o sal de cozinha. Agora ele não é mais violentamente reativo como vimos, mas passa a ter uma grande importância biológica, pois tem que estar presente nos fluidos extracelulares, controlando as trocas de várias substâncias entre as células do organismo e o sangue.

O cátion potássio (K+) também é um íon importante e está presente em alimentos como a banana e a água de coco e nos fluidos intracelulares. Ele e o Na+ ajudam muito na transmissão de impulsos nervosos e no controle dos batimentos cardíacos.

Uma alimentação rica em potássio é essencial para o bom funcionamento do organismo.

Já o cátion lítio (Li+) é usado no tratamento de depressão, principalmente da psicose maníaco-depressiva.

O metal alcalino Rubídio é usado na produção de cristais especiais para sistemas de telecomunicação de fibra óptica, de semicondutores e células fotoelétricas.

O isótopo radioativo do Césio mais popular é o Césio 137, que ficou muito conhecido em razão do acidente radioativo que ocorreu em Goiânia, em 1987. Outro isótopo importante é o Cs-133, que é utilizado na construção de relógios atômicos. Isótopos radioativos de césio são usados no campo médico para tratar certos tipos de câncer.

O Frâncio é um elemento radioativo muito raro, que não apresenta nenhuma aplicação prática. Seu período de meia-vida é de 22 minutos apenas, por isso é muito dificil de ser conseguido, ainda mais em quantidades apreciáveis.


• Energia de Ionização é a energia mínima necessária para remover um elétron de um átomo gasoso em seu estado fundamental.

Publicado por Jennifer Rocha Vargas Fogaça

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