Lacraia (Família Scolopendridae)

Lacraias possuem um par de patas em cada um de seus segmentos corporais.

Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Classe: Chilopoda
Ordem: Scolopendromorpha


Família: Scolopendridae

Lacraias, também chamadas de centopeias ou escolopenderas, são animais que apresentam um par de patas em cada um dos vários segmentos de seu corpo comprido e de formato achatado. Possuem, na cabeça, um par de antenas articuladas, alguns pares de olhos, um par de mandíbulas, dois pares de maxilares, além de um par de forcípulas e o aguilhão, utilizados para a inoculação do veneno. Este contém histamina, dentre diversos outros componentes, intensificando a possibilidade de surgirem reações alérgicas no indivíduo inoculado.

Tais animais são geralmente de hábitos noturnos, alimentando-se, preferencialmente, de larvas, minhocas, vermes, insetos e até mesmo camundongos e filhotes de pássaros. Para tal, utilizam suas garras venenosas para paralisar as presas. No entanto, também podem ter alimentação herbívora, com risco em potencial de provocar prejuízos econômicos, em casos de superpopulações.

Permanecem durante o dia escondidas em locais escuros e úmidos, como troncos de árvores, em frestas, e embaixo de folhas caídas, pedras e entulhos. Assim, ao manusear tais lugares sem a devida proteção, muitas pessoas acabam sendo inoculadas pelas lacraias, acidentalmente. Em nosso país, a Scolopendra viridicornis é a mais frequentemente relacionada a esses casos, provocando dor local intensa e, em alguns casos, sintomas típicos de intoxicação, como vômito.

Limpar ralos, semanalmente, e mantê-los fechados quando não estiverem em uso; manter fechada a caixa de gordura e o esgoto, manter aparada a grama do jardim, evitar o acúmulo de entulhos; e vedar frestas de paredes, muros e calçamentos; são medidas eficazes para prevenir a incidência de lacraias.

Curiosidades:

O estudo dos Chilopoda, assim como dos Diplopoda, em nosso país, ainda deixa a desejar. As maiores coleções científicas desses animais são do instituto Butantan e do Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo.

Por Mariana Araguaia
Bióloga, especialista em Educação Ambiental

Publicado por Mariana Araguaia de Castro Sá Lima
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