Verbos não reflexivos
Questionamentos, esbarrões, desvios, inadequações e por que não dizermos “confusões”, tudo isso, ou seja, toda essa categorização de substantivos pode ser aplicada quando o assunto diz respeito aos fatos gramaticais. Assim, pode-se dizer que tal fato se concebe como “compreensível”, dada a complexidade das muitas regras que nos impõe a gramática normativa. No entanto, inadequações não se aplicam quando o assunto se refere a situações específicas de interlocução, sobretudo em se tratando da linguagem escrita. Diante disso, propusemo-nos a evidenciar acerca de alguns esclarecimentos sobre a questão dos verbos que não se classificam como reflexivos, pois muitas vezes, por descuido, o são, segundo boa parte dos usuários.
Nesse sentido, verifiquemos acerca de alguns pressupostos, tendo em vista alguns verbos:
Como exemplo primeiro destacamos o verbo proliferar, muitas vezes categorizado como reflexivo, quando na verdade não o é. Vejamos um exemplo de incorreção:
Por falta de um zelo maior por parte da população, a doença se proliferou rapidamente.
Constatamos que o pronome oblíquo átono “se”, representando a condição essencial para que o verbo se classifique como reflexivo, está empregado de forma inadequada, pois tal verbo não o exige, pois não se trata de um verbo reflexivo.
Assim, retificando tal enunciado, temos:
Por falta de um zelo maior por parte da população, a doença proliferou rapidamente.
Exemplos posteriores também apontam a mesma incorreção, demarcados pelos verbos sobressair, simpatizar e antipatizar. Por isso, vejamos exemplos citados de forma incorreta, seguidos das respectivas retificações:
Alguns alunos se sobressaíram diante dos demais.
Alguns alunos sobressaíram diante dos demais.
Ela se simpatizou com os visitantes.
Ela simpatizou com os visitantes.
O garoto se antipazava com seu vizinho.
O garoto antipatizava com seu vizinho.