Código genético
Seguindo o mesmo princípio, a partir da comparação de como se estabelece a comunicação entre as pessoas, bem como a divulgação e armazenamento do conhecimento, é possível entender o funcionamento do mecanismo que controla a duplicação do material genético ou replicação da molécula de DNA (ácido desoxiribonucleico).
Quando associamos os símbolos do alfabeto (as letras), para formar as palavras e expressá-las com coerência, seja através do diálogo ou pela escrita, fazemos uso da combinação de elementos que irão transmitir o pensamento e as opiniões.
Da mesma forma ocorre com a molécula de DNA, cujo código se estabelece pela complementaridade de compostos orgânicos, entre as bases nitrogenadas púricas e pirimídicas. No entanto, para termos de compreensão didática, são representadas respectivamente por letras: A - adenina e G - guanina (bases purinas), T - timina e C - citosina (bases pirimidinas).
Assim como na linguagem, os textos necessitam de coesão gramatical entre as palavras, o DNA também requer de coesão química entre bases que constituem os dois filamentos da molécula. Este é o código, com poucos elementos, mas com diversas combinações, o responsável por formar os genes dos cromossomos de todas as espécies viventes.
Quando os genes são ativados, inicia-se o mecanismo de transcrição (formação de moléculas de RNA: ribossômico, transportador e mensageiro), prosseguindo com o processo de tradução (síntese de proteínas), forma pela qual o DNA coordena todo o metabolismo celular.
A leitura biológica desse código, juntamente aos fatores ambientais, determina as características de um indivíduo: a estatura, a cor da pele e dos olhos, o tipo de cabelo e até algumas doenças congênitas ou predisposições.
Portanto, um simples código com quatro caracteres possibilita uma enorme variedade de arranjos, sujeitos à quantidade e ordenamento de bases nitrogenadas, formando um gene e esse manifestando uma característica.