Extinção
Dizemos que uma espécie está extinta quando não existe mais nenhum indivíduo pertencente àquela espécie na Terra. Esse processo, apesar de trágico, é comum e é bastante importante para o processo evolutivo das espécies. Vale destacar ainda que todas as espécies, sem exceção, acabam caminhando em direção à extinção. Estima-se que as espécies viventes hoje não correspondam a nem 1% do número de espécies que viveram no planeta.
A extinção pode ocorrer por vários motivos, dentre eles, destacam-se a destruição do habitat, competição, doenças, caça e matanças deliberadas, mudanças ambientais drásticas e catástrofes ambientais.
Atualmente os processos de extinção estão ocorrendo principalmente em decorrência da ação antrópica. Os seres humanos frequentemente destroem o habitat das espécies, diminuem sua população com a caça predatória e afetam diretamente os seres vivos com sua poluição e contaminação do ambiente e inserção de espécies em novas áreas. Além desses fatores, as alterações climáticas existentes, que prejudicam um grande número de espécies, têm relação direta com as atitudes do homem.
As extinções podem ocorrer de três maneiras diferentes: a extinção filética, de fundo ou em massa. A extinção filética, também chamada de pseudoextinção, ocorre quando acontecem mudanças gradativas nas espécies ao longo do tempo que as tornam diferentes das populações originais, sendo consideradas, portanto, uma nova espécie.
As extinções de fundo ocorrem em decorrência da interação normal entre as espécies e destas com o meio. Como exemplo, podemos citar uma espécie que ocupa o mesmo nicho ecológico que outra. Por estarem necessitando de um mesmo recurso, a competição entre elas poderá levar uma das espécies à extinção.
Já as extinções em massa são caracterizadas pela destruição de um número elevado de espécies em pouco período de tempo. Dentre as extinções em massa mais conhecidas, destaca-se a do Cretáceo-Terciário, que levou ao fim dos dinossauros.
Para que uma espécie seja extinta, vários fatores importantes devem ser avaliados. Em caso de uma catástrofe ambiental, por exemplo, nem todas as espécies são dizimadas. Isso ocorre porque alguns seres apresentam uma maior área de distribuição e são capazes de sobreviver em condições extremas do clima, o que dificulta a suaextinção.
Outros pontos importantes a serem avaliados são a reprodução dos animais, a maturidade reprodutiva e sua expectativa de vida. Imagine que uma espécie está sendo amplamente caçada pelo homem. Se ela demora um tempo longo para atingir a maturidade e reproduzir-se, logo as populações serão completamente mortas antes dos indivíduos jovens chegarem à fase adulta.
Curiosidades: Você sabia que o homem foi responsável, por exemplo, pela extinção recente de um peixe denominado tristramella da mandíbula longa (Tristramella sacra) após a destruição de seu habitat? Além disso, ele também foi responsável, em razão da caça, pela dizimação dos tigres-da-tasmânia (Thylacinus cynocephalus) no início do século 20.