Gêmeos humanos
Nem todos os gêmeos são semelhantes fisicamente! Isso porque, no caso de gêmeos não-idênticos, estes são oriundos de dois ou mais ovócitos, lançados no mesmo ciclo, e fecundados por espermatozoides diferentes. Por este motivo é que podem ser de sexos distintos, e até se apresentarem pouco parecidos, fisicamente. Estes são chamados de gêmeos fraternos, ou dizigóticos, e representam cerca de ¾ das gestações duplas.
Gêmeos verdadeiros, denominados monozigóticos, ou univitelinos, são formados a partir de um único óvulo, este fecundado por um único espermatozóide, dando origem a um zigoto, que se divide em dois ou mais. Gêmeos assim possuem o mesmo sexo e são muito semelhantes fisicamente.
Cada bebê tem cordão umbilical próprio, mas, dependendo do período da formação dos gêmeos, estes podem compartilhar outras estruturas. Cerca de 10% dos univitelinos não dividem a mesma placenta. Outros podem ter em comum, além da placenta, o saco amniótico e cório.
Como nos dois tipos de gravidez de gêmeos pode haver um bebê em cada placenta, este fator não deve ser o único critério utilizado para classificar o tipo de gestação. Assim, durante o ultrassom, bebês localizados em uma única placenta podem ser considerados, automaticamente, univitelinos; e crianças de sexos diferentes, bivitelinas.
Até onde se sabe, não existe tendência hereditária para a ocorrência de gêmeos idênticos. Quanto aos gêmeos fraternos, determinadas mulheres têm tendência a lançar mais de um ovócito no período reprodutivo, estando mais propensas a este tipo de gestação.
Segundo uma pesquisa publicada em 2006, no Journal of Reproductive Medicine, dietas ricas em laticínios, idade acima de 35 anos e descendência africana são fatores que interferem, positivamente, para a ocorrência de gravidez fraterna.
Por Mariana Araguaia
Graduada em Biologia