Bolsas de Estudos para o ensino superior
É comum nas instituições privadas de ensino superior a política de concessão de bolsas a estudantes carentes. Além das próprias universidades, que beneficiam os estudantes com descontos ou isenção na mensalidade, outras entidades filantrópicas e governamentais também realizam ações para ajudar esses estudantes.
A Abeduq e a Educafro são exemplos de entidades filantrópicas que possuem convênio com algumas universidades e beneficiam os estudantes com descontos que podem chegar a 100% do valor da mensalidade. Existe ainda a Bolsa Empresa, que pode ser concedida por organizações que desejam investir e proporcionar o aperfeiçoamento de seus funcionários. Neste tipo de benefício não há regra específica para a seleção em virtude de a iniciativa partir da própria empresa.
Filantrópicas e Governamentais
As universidades conhecidas como confessionais ou comunitárias são obrigadas por lei a fornecer bolsas para os alunos necessitados. Apesar da obrigatoriedade da concessão, não há uma regra específica para o modo como a bolsa será oferecida. Em alguns casos os alunos devem prestar serviço à instituição depois de formado, em outros não há a necessidade de ressarcir a universidade quando terminar o curso.
Os governos estaduais também implementam políticas de concessão bolsas, como é o caso da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo que, através do Programa Escola da Família em parceria com as instituições privadas, custeia 100% do valor da mensalidade em cursos de graduação. Estados como Ceará, Distrito Federal, Goiás e Rio de Janeiro, entre outros, também possuem programas próprios que oferecem bolsas de estudos.
Outro meio de ingressar em universidades privadas com direito a bolsas é através da nota obtida no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e também através do Programa Universidade Para Todos (ProUni), criado em 2005 pelo governo federal, que concede bolsas parciais e integrais conforme a renda familiar do candidato e a nota obtida nas provas do Enem.
Financiamentos
Além dos programas que concedem descontos e isenções, são oferecidos também programas de financiamento através dos quais os estudantes recebem um desconto na mensalidade que deverá ser ressarcido após o final do curso. A Fundação Estudar é um exemplo desse financiamento, após terminar a graduação os profissionais doam 10% do seu salário para a instituição até que se alcance o valor que foi investido pela instituição.
Criado em 1999 e mantido pelo Governo Federal, o Fundo de Financiamento Estudantil do Ensino Superior (Fies) subsidia a formação superior de estudantes permitindo que o pagamento da dívida comece a ser realizado 18 meses após a conclusão do curso. A taxa de juros cobrada nesse caso é bem inferior ao que é praticado pelos bancos.