Física no Cotidiano
Podemos afirmar que a Física se desenvolveu com o propósito de explicar os fenômenos da natureza, desde os mais comuns até os mais complexos. Portanto, é bem natural que a Física esteja diretamente relacionada ao nosso cotidiano. Apesar disso é muito comum que as ocorrências do cotidiano sejam tratadas com uma linguagem completamente distinta daquela utilizada pela comunidade científica. É apenas uma questão de adequação: algumas palavras se encaixam bem no linguajar popular, enquanto outras servem melhor ao vocabulário técnico.
Você não costuma dizer, por exemplo, que está sofrendo os efeitos de uma elevada temperatura. Coloquialmente apenas diz que está com calor. No entanto, cientificamente, calor é energia em trânsito, portanto ninguém pode “estar” com ele. Existem outros exemplos em que fica clara a distinção entre significados de expressões idênticas utilizadas em contextos diferentes.
Por causa dessas diferenças entre a nomenclatura usual e a científica, muitas pessoas fazem confusão entre três palavras que serão bastante usadas daqui em diante: massa, peso e normal. Vejamos então abaixo o quadro de comparações:
Pela análise da tabela, torna-se clara a importância de, ao menos na Física, se utilizar as expressões massa, peso e normal com certo cuidado, para que o rigor científico não seja afetado. Não se pode, por exemplo, falar que uma pessoa pesa 70 kg. Na nossa disciplina, peso é uma força, portanto deve ter o newton (N) como unidade de medida. Assim, o correto seria dizer que a pessoa pesa 700 N.
Para a Física, quando alguém sobe numa balança não está sendo medido o peso. As balanças comuns estão graduadas em quilogramas, portanto informam a massa de quem nelas sobe. A partir de agora, haverá uma distinção entre massa e peso. Lembre-se de que isto só é válido para uma balança que esteja na posição vertical e em equilíbrio.