A dívida externa dos países da América Latina
Grande parte dos países latinos tem algo em comum, o endividamento externo. Esses países contraíram enormes dívidas a partir de empréstimos realizados junto às instituições financeiras internacionais ou países credores.
Em geral, o endividamento de grande parte dos países latinos teve início no processo de descolonização pelo qual diversos países passaram, as dívidas desses períodos foram contraídas com a finalidade de financiar os gastos para o desligamento com a metrópole.
A partir desses empréstimos os países enfrentaram enormes dificuldades para o pagamento das dívidas, o problema é que a produção dessas nações é basicamente de produtos primários, com baixo valor agregado, enquanto que os produtos industrializados oriundos especialmente da Europa possuem grande valor, tornando uma troca comercial bastante desigual. Diante desse fato é notório que não ocorra crescimento econômico, dessa forma não conseguem recursos suficientes para sanar as dívidas.
Diversos países que ingressaram de forma expressiva nas atividades industriais tiveram de estender ainda mais os valores e os prazos das dívidas, nesse caso foram feitas com o propósito de gerar desenvolvimento econômico no país. Os recursos foram destinados principalmente para obras de grandes repercussões, como usinas hidrelétricas, portos, rodovias, ferrovias, além de fortalecer e criar novas empresas ligadas às indústrias de base, no ramo das metalúrgicas, siderúrgicas, petroquímicas e mineração.
Diante das considerações apresentadas, fica evidente que países como Brasil, Argentina e México, que se encontram em franco crescimento industrial, são os que possuem as maiores dívidas externas entre os países da América Latina.
As dívidas externas impedem que haja um desenvolvimento pleno em países de economias mais frágeis, fato que agravou a partir da década de 70, quando os juros internacionais tiveram aumento em suas taxas.
Dessa forma, os países ficam distantes de alcançar o pagamento das dívidas e somente pagam juros que não ajudam a solucionar o problema. Esse fato é interessante somente para as economias centralizadas, pois elas sempre determinam os rumos da economia de países subdesenvolvidos que permanecem dependentes economicamente.