Cúpula Sobre Mudanças Climáticas
Entre os dias 7 e 18 de dezembro de 2009, será realizado em Copenhague, capital da Dinamarca, a Cúpula Sobre Mudanças Climáticas, chamada de COP 15. Esse evento visa propor um acordo global para a redução das emissões de gases que provocam o efeito estufa. Essas metas entrariam em vigor em 2012, ano em que termina o prazo do Protocolo de Kyoto.
O Protocolo de Kyoto estabeleceu a redução da emissão de gases poluentes de 8% para os países da União Europeia, 7% para os Estados Unidos e 6% para o Japão, não foi estabelecido metas para os países em desenvolvimento. No entanto, as medidas não foram suficientes para minimizar os problemas ambientais, pois a maioria dos países não reduziu a emissão de gases na atmosfera.
A consequência dessa omissão é a intensificação do aquecimento global, conforme o Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática (IPCC), a temperatura da Terra aumentou 0,7 °C desde a Revolução Industrial, essa quantia pode parecer pouca, mas é o suficiente para causar um desequilíbrio ecológico e desencadear catástrofes ambientais, como, por exemplo, furacões e derretimento das calotas polares.
Nesse contexto, os acordos internacionais são de fundamental importância na busca por soluções ambientais eficazes. Pensando nisso, o primeiro ministro dinamarquês, Lars Lokke Rasmussen, convidou, através de uma carta formal, 191 países membros da Organização das Nações Unidas (ONU) para participarem da cúpula.
Todos os países confirmaram a participação no evento, incluindo o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva; o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama; o primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao; e a chanceler alemã, Angela Merkel.
Porém, a primeira má notícia, antes mesmo do início do evento, veio do primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, que deixou explícita a sua posição, afirmando que a China não irá reduzir sua produção para diminuir a emissão de gases que causam o efeito estufa.
Barack Obama encontra problemas para tentar reduzir a emissão de gases estufa nos Estados Unidos, pois tem encontrado grande resistência no Congresso Nacional para aprovar uma legislação que reduza a emissão desses gases. Esse mesmo fato aconteceu com o ex-presidente Bill Clinton, que assinou o Protocolo de Kyoto, mas o projeto foi barrado no Congresso estadunidense.
Várias entidades ambientalistas e a população civil estão cobrando propostas com resultados concretos e imediatos nesse fórum internacional, pois não há mais tempo para burocracias e políticas econômicas que degradam o meio ambiente e intensificam o aquecimento global.