Sensoriamento remoto
O sensoriamento remoto é o emprego de imagens da superfície da Terra para a realização de estudos. Ele refere-se à obtenção de informações sem o contato direto entre o pesquisador ou o equipamento e o objeto de estudo. Primeiramente essa técnica era utilizada através de fotografias aéreas tiradas a partir de balões, já no século XIX, sendo atualmente instrumentalizada, preferencialmente, por satélites e aviões.
Estima-se que a primeira aplicação do sensoriamento remoto, assim como ocorreu com outros tipos de tecnologias, foi para fins militares. Acoplavam-se câmeras fotográficas automáticas no corpo de pombos-correios para registrar ou mapear informações sobre territórios inimigos.
Com o tempo, as técnicas foram evoluindo cada vez mais, passando pelo uso de aviões com sensores que operam em elevadas altitudes para registrar o máximo de informações sobre a superfície, além do uso atual dos satélites, cada vez mais avançados tecnologicamente e tecnicamente mais precisos.
Imagem de Satélite da costa da Sicília, Itália
Quando o sensoriamento remoto opera a partir de imagens fotográficas da superfície terrestre, dá-se o nome de aerofotogrametria, que possui a vantagem de ser tecnicamente mais simples e relativamente mais precisa, em função da proximidade das fotografias aplicadas. Atualmente, todas as imagens com escala inferior a 1:5000 são obtidas através do uso dessa técnica.
Independente do tipo de equipamento utilizado, para se ter um melhor resultado, é preciso posicionar o sensor da forma mais vertical possível, a fim de se evitar distorções, principalmente em termos de escala e da área do terreno a ser representada.
Para complementar e ampliar o nível de informações geocartográficas coletadas durante os registros das diferentes paisagens, inúmeras técnicas foram desenvolvidas. Dentre elas, destaca-se o uso de imagens em infravermelho. Inicialmente utilizadas para fins militares a fim de detectar objetos inimigos camuflados nas diferentes localidades, o uso desse tipo de imagem é preferencialmente destinado a mapear atividades humanas e, inclusive, detectar ações de desmatamento e atividades produtivas em zonas de preservação ambiental.
Como podemos notar, o sensoriamento remoto é uma importante ferramenta para a melhor compreensão do espaço geográfico, sendo muito utilizado tanto para fins militares quanto para pesquisas científicas, ações de planejamento governamental, previsões meteorológicas, entre outras funções.