História do Capitalismo
A História do Capitalismo sempre apresentou discordância entre historiadores e sociólogos. De uma forma bem simplista, o capitalismo é um sistema de produção, distribuição e troca no qual o capital acumulado é aplicado pelos proprietários particulares com um fim lucrativo.
Assim, as primeiras manifestações do capitalismo teriam surgido já na Idade Antiga. Segundo o historiador Henri Pirenne, o capitalismo é a tendência para a contínua acumulação de riqueza. O historiador acredita que o capitalismo é muito mais arcaico do que geralmente se pensa, tendo atuado nos tempos modernos dominantes, existindo entre o antigo e o moderno capitalismo apenas um diferencial em termos quantitativos e não qualitativos, ou seja, uma diferença de intensidade e não de natureza.
O sociólogo e economicista alemão Werner Sombart negou-se a admitir fenômenos capitalistas antes do período moderno. Os cientistas sociais Max Weber, Henri Sée e Richard Erenberg escreveram exaustivamente sobre o assunto, porém as dúvidas continuaram. É importante analisarmos que no medievo apresentaram-se características que seriam típicas do capitalismo. Certas cidades italianas como, por exemplo, Florença, tinham modelos nitidamente capitalistas.
Talvez o capitalismo tenha atravessado em sua longa trajetória três fases: o capitalismo comercial, até o século XVII; depois o capitalismo industrial e, logo em seguida, o capitalismo financeiro. Nota-se que por volta do século XIX o capitalismo estruturou-se através de empresas cujos sócios solidários constituíam a forma dominante das organizações comerciais, embora muitas empresas tivessem grande movimentação comercial, dificilmente poderiam ser comparadas às gigantescas organizações do período mais recente da história.