Marca-passo artificial
O coração humano é um órgão que funciona impulsionando o sangue pelo corpo. Para que a contração e o consequente impulso do sangue aconteçam, essa estrutura conta com uma região rica em células que emitem sinais elétricos na região dos átrios denominada de nodo sinoatrial ou marca-passo e uma região responsável por distribuir o impulso por todo o órgão chamada de nodo atrioventricular.
Algumas vezes a condução elétrica no coração está com seu funcionamento prejudicado, por isso ele bate lentamente (bradicardia). O batimento fraco do coração provoca diversos sintomas desagradáveis, como fraqueza, desmaio, respiração curta e dificuldade de realizar atividades físicas. Diante do quadro de bradicardia, médicos recomendam o uso de um aparelho que envia impulsos elétricos ao coração, estimulando seu batimento. Esse aparelho é conhecido como marca-passo cardíaco artificial e foi introduzido na medicina por volta de 1959.
O marca-passo artificial atual, além de ser usado para a bradicardia, é recomendado para pacientes com bloqueios bi ou trifasciculares (distúrbio na condução elétrica) e em pessoas que apresentam taquicardia. A doença de chagas também pode ser um motivo para a recomendação do uso do aparelho.
Dependendo do problema do paciente, o marca-passo pode ser temporário ou definitivo. Ele ainda pode ser classificado de acordo com o tipo de bateria, cabo, número de polos, câmeras estimuladas, modo de estimulação e a frequência de estimulação.
O marca-passo artificial funciona com três componentes básicos: o gerador de impulso, os eletrodos e o programador. O gerador de impulso é implantando abaixo da pele e é o responsável por gerar impulsos para estimular o coração. Os eletrodos são responsáveis por conectar o coração ao gerador. O programador, por sua vez, é responsável pelas configurações do marca-passo.
Para que o marca-passo seja recomendado pelo médico, alguns exames devem ser realizados para confirmar a necessidade desse tratamento. O principal exame realizado é o eletrocardiograma (ECG), que gera uma representação gráfica do ritmo do coração. Caso seja confirmada a necessidade, a implantação ocorrerá por meio de cirurgia. Após o procedimento, o paciente retorna ao quarto, não sendo necessário permanecer em Unidade de Terapia Intensiva.
Atenção: Pacientes com marca-passo não devem realizar ressonância magnética nuclear e bioimpedância. Além disso, é importante evitar detectores de metais e dispositivos antifurtos nas lojas. Para isso, é fundamental que o paciente sempre leve seu documento de identificação e dados sobre o aparelho e sobre o médico responsável pelo acompanhamento do equipamento.