Aborto retido

O aborto é uma complicação comum da gravidez e pode ocorrer de diferentes formas, como é o caso do aborto retido.
O termo aborto refere-se à interrupção de uma gravidez antes da 22º semana

O aborto, que pode ser definido como a interrupção da gestação antes da 22º semana, é um processo que pode ocorrer de forma espontânea ou provocada. O aborto espontâneo normalmente se relaciona com má-formação fetal e algumas doenças, e o sangramento, em grande parte dos casos, é o sinal inicial da sua ocorrência.

O processo de aborto, também chamado de abortamento e mais recentemente de perda gestacional, pode ser classificado em perda gestacional bioquímica, saco gestacional vazio, perda embrionária, perda gestacional precoce, perda gestacional retida, perda gestacional tardia, perda gestacional completa e perda gestacional incompleta. Reconhecer cada um desses processos é fundamental para a realização adequada de um procedimento.

Para ser uma perda gestacional retida ou aborto retido, o saco gestacional deve estar vazio até a 12º semana de gravidez; o produto conceptual não deve apresentar atividade cardíaca ou o crescimento do embrião deve ficar estabilizado em sucessivas avaliações. Apesar da morte do feto, nenhum produto da concepção é eliminado e os sinais da gestação simplesmente desaparecem. Geralmente o colo do útero da mulher fica fechado, pouco sangramento é observado e nenhuma dor é sentida.

Como não há eliminação dos tecidos do feto e da placenta, diferentes tratamentos podem ser realizados. Normalmente, ao diagnosticar uma perda gestacional retida, o médico recomenda uma conduta cirúrgica, apesar da conduta expectante e farmacológica serem boas alternativas.

A conduta cirúrgica baseia-se principalmente na técnica de dilatação e curetagem; entretanto, a aspiração também pode ser realizada. Ao realizar essa conduta, há diminuição significativa do tempo de tratamento, que é bastante doloroso para a mãe. Entretanto, vale destacar que é um procedimento invasivo e pode provocar consequências graves, tais como a aderência uterina.

O uso de medicamentos também pode ser realizado para a evacuação uterina. Nesses casos, são utilizados fármacos que induzem a contração do útero, reduzindo assim o risco decorrente de processos cirúrgicos e da anestesia. Entretanto, diferentemente da cirurgia, o tempo de sangramento é maior, além de provocar enjoos, vômitos e diarreias. Algumas vezes, após a conduta farmacológica, faz-se necessária a intervenção cirúrgica.

Por fim, temos a conduta expectante, que se caracteriza pela espera da eliminação espontânea de todo o conteúdo presente no interior do útero. Essa conduta é muito imprevisível e tem taxas de sucesso bastante variáveis, portanto, deve-se avaliar o estado psicológico da paciente. Todavia, essa espera só pode durar por um tempo, uma vez que processos infecciosos podem surgir.

Sendo assim, diante de uma perda gestacional retida, é fundamental que o médico avalie os diversos aspectos referentes à saúde da mãe e mostre as diferentes formas de proceder diante desse triste acontecimento. É essencial que o médico informe as vantagens e desvantagens de cada método para que a paciente possa decidir, sempre que possível, pela conduta que ela deseja que seja adotada.

Publicado por Vanessa Sardinha dos Santos
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