Baru
Nativo do cerrado brasileiro, o baru, Dipteryx alata, da família Fabaceae, é conhecido em alguns locais como cumaru, cumari, feijão-baru, cumbaru, imburana-brava, barujo, bugueiro, cambaru, castanha-de-bugre, coco-feijão, cumarurana, feijão-coco, e pau-cumaru.
Sua árvore pode atingir até 25m de altura e, por sua madeira ser muito resistente, é bastante empregada na indústria moveleira e na construção civil. Sua floração geralmente ocorre entre os meses de outubro e janeiro, mas, assim como a frutificação, ela dependerá das condições de água e solo do ambiente.
A castanha do baruzeiro tem sabor semelhante ao do amendoim e é rica em proteínas, ácido graxos, fibras, minerais, além de ser uma ótima fonte de ferro e zinco. Em razão da grande quantidade de ferro em suas castanhas, o baru vem sendo empregado no combate à anemia, tanto que, no ano de 2001, a prefeitura de Goiânia passou a utilizar a farinha de baru na merenda escolar.
Nas comunidades de onde o baru é extraído, ele é conhecido como o “viagra do cerrado”, em virtude da sua natureza afrodisíaca. O zinco é considerado o mineral mais importante para a fertilidade feminina e masculina, e o baru contém uma quantidade grande desse mineral.
Da castanha do baru se extrai um óleo semelhante ao azeite de oliva, que contém ômega-6 e ômega-9. Essas substâncias são importantes na prevenção da hipertensão e na redução do colesterol total e LDL (colesterol ruim). Elas regularizam os níveis de glicose no sangue, reduzem a gordura abdominal e a incidência de câncer, além de ajudarem na cicatrização e na queda de cabelo. O ômega-9 ainda é um potente antioxidante, que reduz as lesões nas células causadas pelos radicais livres e inibe a agregação plaquetária e a formação de trombos.
A polpa do baru é uma importante fonte de alimento para a fauna nativa e para o gado.
Infelizmente, essa espécie tão rica está ameaçada de extinção, devido à destruição do cerrado, em função do avanço da fronteira agropecuária e do seu corte em razão da excelente qualidade de sua madeira.