Blastomicose, candidíase e criptococose
Fungos são organismos de extrema importância, em razão de sua grande versatilidade. Utilizados na fabricação de alimentos, na indústria farmacêutica, como controladores de pragas, etc., também podem ser responsáveis pela destruição de lavouras e utensílios, como os de couro e madeira; e também por infecções humanas. Neste último caso, são geralmente incômodas e raramente oferecem risco de vida às pessoas acometidas. Entretanto, no caso de pacientes imunocomprometidos, podem ser fatais. Micotoxinas, liberadas por algumas espécies, podem provocar reações alérgicas. Por serem cumulativas, também podem causar doenças hepáticas, renais e neurológicas.
A seguir, breves explicações sobre algumas doenças causadas por fungos:
Blastomicose: também conhecida como doença de Gilchrist, é uma moléstia rara, causada pelo Blastomyces dermatitidis. Provocando, geralmente, danos pulmonares, a infecção se dá pela inalação de esporos deste fungo, presentes em solo rico em matéria orgânica. O paciente apresenta episódios de febre, calafrios, sudorese, tosse e falta de ar. Espalhando pelo corpo, podem surgir feridas cutâneas, com ou sem pus. Ocorrem também lesões ósseas e, e casos mais graves, problemas no trato genito-urinário e sistema nervoso central.
Candidíase: geralmente se manifestando na região vaginal, provoca coceiras, sensação de ardência e eliminação de um corrimento de cor esbranquiçada. É causada pela proliferação exagerada da Candida albicans, geralmente pelo uso de antibióticos, umidade excessiva nestas regiões ou imunidade baixa. Pode ser transmitida sexualmente ao parceiro.
Criptococose: doença que acomete não só a nossa espécie, mas também gatos, cães e animais silvestres. Causada pelo Cryptococcus neoformans, é mais frequente em indivíduos adultos e imunocomprometidos, sendo um dos principais agentes fúngicos letais para o homem, ao comprometer meninges e encéfalo. Sua transmissão se dá pela inalação de partículas de excrementos de animais doentes, juntamente com a poeira ambiental.
Por Mariana Araguaia
Graduada em Biologia