Glândulas sudoríparas
As glândulas são estruturas formadas por tecido epitelial que apresentam como característica principal a propriedade secretora. De acordo com a forma como eliminam a sua secreção, essas estruturas normalmente são classificadas em endócrinas e exócrinas.
Enquanto as glândulas endócrinas eliminam sua secreção diretamente nos vasos sanguíneos, as glândulas exócrinas liberam sua secreção em superfícies livres e apresentam um ducto por onde essa substância é eliminada. Como exemplo de glândulas exócrinas, podemos citar as glândulas sebáceas e as glândulas sudoríparas.
As glândulas sudoríparas são encontradas em todo o corpo, salvo raras exceções, como a glande do pênis. Em sua grande maioria, são do tipo túbulo-enovelada e liberam apenas sua secreção (suor) sem que nenhuma parte do citoplasma seja perdida (glândula merócrina). Em algumas partes do corpo, como na região axilar e pubiana, ocorrem glândulas do tipo apócrinas, que são maiores e perdem parte do citoplasma durante a eliminação da secreção. As glândulas sudoríparas merócrinas, também denominadas de écrinas, lançam sua secreção diretamente na superfície da pele, enquanto as apócrinas liberam-na nos folículos pilosos.
Nas glândulas sudoríparas, é possível distinguir dois tipos diferentes de células secretoras: as escuras e as claras. As células secretoras escuras apresentam uma grande quantidade de grânulos de secreção e retículo endoplasmático granuloso; já as claras não possem esses grânulos e a quantidade de retículo é reduzida. Muitos pesquisadores afirmam que as células claras estão relacionadas com a produção da porção aquosa do suor.
O suor produzido pelas glândulas sudoríparas écrinas é diluído; mas, nas glândulas apócrinas, apresenta-se mais viscoso. Essa secreção apresenta, além de água, sódio, potássio, cloreto, ureia, ácido úrico e amônia em sua composição.
Algumas pessoas apresentam uma produção exagerada de suor pelas glândulas écrinas, um problema conhecido como hiperidrose. Essa desordem faz com que grande quantidade de suor seja produzida, principalmente nos pés e nas mãos. Apesar de não provocar riscos à saúde, esse problema desencadeia um grande impacto psicológico na vida do paciente.
O suor é uma secreção responsável principalmente pela termorregulação do organismo. Entretanto, não é o suor que resfria o corpo, pois o que provoca a diminuição da temperatura é a evaporação dessa substância, que leva a uma perda de calor. Vale destacar que o suor não está apenas relacionado com o controle da temperatura, sendo fundamental também na eliminação de alguns produtos do metabolismo celular.
Ao contrário do que muitos pensam, o excesso de suor não faz com que a pessoa apresente um odor desagradável. Essa substância é inodora, ou seja, não apresenta cheiro. A questão do mau cheiro é decorrente da multiplicação de bactérias no local.