Poríferos de água doce (Ordem Haplosclerida)
Reino: Animalia
Filo: Porifera
Classe: Demospongiae
Ordem: Haplosclerida
Os poríferos de água doce, também chamados de poríferos – ou esponjas – continentais, ou dulciaquícolas; têm como características principais, além do referido habitat, o esqueleto formado por espículas ricas em silício, ligadas por espongina. Além disso, muitas delas apresentam gêmulas, que são corpos de resistência e também de dispersão, típicos de esponjas continentais que vivem em ambientes instáveis.
Tais animais pertencem à Ordem Haplosclerida, sendo divididos em seis Famílias: a Spongillidae, Potamolepidae, Lubomirskiidae, Malawispongiidae, Metaniidae e Metschnikowiidae; contendo 44 gêneros. Tal proposta de classificação foi sugerida em 2002, a partir da publicação do livro Systema Porifera, e tem sido a mais aceita até o presente momento.
Embora quase toda a totalidade das esponjas seja marinha, há, em todo o mundo, mais de 200 espécies de poríferos de água doce registradas, sendo pouco mais de 50 delas encontradas no Brasil. Na ciência, é consenso que elas surgiram a partir de esponjas marinhas, embora ainda não se saiba se tal fato ocorreu várias vezes ou somente uma, durante o processo evolutivo.
Assim como os poríferos encontrados em regiões banhadas pelo mar, os indivíduos deste grupo em questão vivem presos a substratos firmes. De tal modo, também são considerados organismos bentônicos. Ali, são alimentados por insetos da Família Sisyridae; e certos peixes, como o cascudo (Hipostomus regania e Megalancystrus aculeatus), piava (Leporinus obtusidens) e peixe-elétrico (Sternarchogiton porcinum). Por outro lado, alimentam-se, predominantemente, de bactérias, algas e partículas nutritivas que são direcionadas para seu interior, juntamente com a água.
Esse hábito filtrador faz com que as esponjas dulciaquícolas sejam cada vez mais empregadas em sistemas de monitoramento da qualidade da água, uma vez que indicam as condições de oxigenação das águas e não toleram águas com grandes concentrações de sedimentos; e também para o tratamento dessa substância. Além disso, em virtude de sua constituição, podem ser utilizadas na fabricação de cerâmicas; e seus inúmeros compostos químicos, com funções antitumorais ou antivirais, apresentam um potencial muito grande para o desenvolvimento de fármacos específicos.
Espongiose
Espongiose é o nome dado a acidentes envolvendo esponjas, geralmente provocando irritações no local acometido, coceira e até mesmo reações alérgicas. Na maioria dos casos, isso está relacionado às espículas silicosas desses animais que, quando morrem, liberam tal material para o ambiente. O caso mais conhecido de espongiose ocorreu em Tocantins, provocando dermatite, irritação nos olhos e cegueira em muitos indivíduos que nadaram nas águas de um rio dessa região, repletas desse material.
CURIOSIDADE:
Alguns poríferos de água doce desempenham relações ecológicas positivas com outros organismos. Um exemplo típico é o fato de atuarem como refúgio e/ou abrigo para diversos animais. Outro fator envolve a relação simbiótica entre elas e algas verdes unicelulares. Neste caso, tais esponjas são consideradas fototróficas, já que grande parte de sua nutrição é oriunda das atividades fotossintéticas das algas simbiontes.
Filo: Porifera
Classe: Demospongiae
Ordem: Haplosclerida
Os poríferos de água doce, também chamados de poríferos – ou esponjas – continentais, ou dulciaquícolas; têm como características principais, além do referido habitat, o esqueleto formado por espículas ricas em silício, ligadas por espongina. Além disso, muitas delas apresentam gêmulas, que são corpos de resistência e também de dispersão, típicos de esponjas continentais que vivem em ambientes instáveis.
Tais animais pertencem à Ordem Haplosclerida, sendo divididos em seis Famílias: a Spongillidae, Potamolepidae, Lubomirskiidae, Malawispongiidae, Metaniidae e Metschnikowiidae; contendo 44 gêneros. Tal proposta de classificação foi sugerida em 2002, a partir da publicação do livro Systema Porifera, e tem sido a mais aceita até o presente momento.
Embora quase toda a totalidade das esponjas seja marinha, há, em todo o mundo, mais de 200 espécies de poríferos de água doce registradas, sendo pouco mais de 50 delas encontradas no Brasil. Na ciência, é consenso que elas surgiram a partir de esponjas marinhas, embora ainda não se saiba se tal fato ocorreu várias vezes ou somente uma, durante o processo evolutivo.
Assim como os poríferos encontrados em regiões banhadas pelo mar, os indivíduos deste grupo em questão vivem presos a substratos firmes. De tal modo, também são considerados organismos bentônicos. Ali, são alimentados por insetos da Família Sisyridae; e certos peixes, como o cascudo (Hipostomus regania e Megalancystrus aculeatus), piava (Leporinus obtusidens) e peixe-elétrico (Sternarchogiton porcinum). Por outro lado, alimentam-se, predominantemente, de bactérias, algas e partículas nutritivas que são direcionadas para seu interior, juntamente com a água.
Esse hábito filtrador faz com que as esponjas dulciaquícolas sejam cada vez mais empregadas em sistemas de monitoramento da qualidade da água, uma vez que indicam as condições de oxigenação das águas e não toleram águas com grandes concentrações de sedimentos; e também para o tratamento dessa substância. Além disso, em virtude de sua constituição, podem ser utilizadas na fabricação de cerâmicas; e seus inúmeros compostos químicos, com funções antitumorais ou antivirais, apresentam um potencial muito grande para o desenvolvimento de fármacos específicos.
Espongiose
Espongiose é o nome dado a acidentes envolvendo esponjas, geralmente provocando irritações no local acometido, coceira e até mesmo reações alérgicas. Na maioria dos casos, isso está relacionado às espículas silicosas desses animais que, quando morrem, liberam tal material para o ambiente. O caso mais conhecido de espongiose ocorreu em Tocantins, provocando dermatite, irritação nos olhos e cegueira em muitos indivíduos que nadaram nas águas de um rio dessa região, repletas desse material.
CURIOSIDADE:
Alguns poríferos de água doce desempenham relações ecológicas positivas com outros organismos. Um exemplo típico é o fato de atuarem como refúgio e/ou abrigo para diversos animais. Outro fator envolve a relação simbiótica entre elas e algas verdes unicelulares. Neste caso, tais esponjas são consideradas fototróficas, já que grande parte de sua nutrição é oriunda das atividades fotossintéticas das algas simbiontes.
Por Mariana Araguaia
Bióloga, especialista em Educação Ambiental
Publicado por Mariana Araguaia de Castro Sá Lima
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