Transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH)
A hiperatividade e déficit de atenção é uma síndrome que se apresenta em aproximadamente 5% das crianças de idade escolar, sendo que aproximadamente 60% destas chegam à idade adulta com seus sintomas. Entre indivíduos jovens, acomete mais meninos e, dentre os sintomas hiperativos, o de desatenção predomina. Já na fase adulta, esta última é mais frequente, e homens e mulheres são acometidos em proporção semelhante. Portadores desta síndrome, na adolescência, podem apresentar problemas de má conduta, apresentando reflexos no trabalho e nas suas relações pessoais
Pessoas que apresentam predominantemente o quadro de desatenção, frequentemente: cometem erros por descuido; não mantêm a atenção nas atividades que está executando, geralmente deixando-as pela metade e até mesmo perdendo materiais necessários para sua realização; têm dificuldade em organizar tarefas e atividades; e se distraem facilmente. Já as que têm mais visíveis os traços de hiperatividade se locomovem com frequência e rapidamente; mexem pés e mãos, mesmo em repouso; tem dificuldades em ficar em silêncio; falam muito; e costumam ser impulsivos. Há, ainda, indivíduos que apresentam estes dois traços, simultaneamente.
Aproximadamente 75% de pessoas com esta síndrome são filhas de portadores da TDAH. Além disso, problemas ocorridos durante a gestação e eventos traumáticos também estão relacionados às suas causas.
O diagnóstico é feito geralmente por pediatra, neurologista ou psiquiatra; por meio de uma pesquisa comportamental do paciente. Geralmente é requerida a participação dos pais, professores e/ou pessoas próximas, analisando seu comportamento, desenvolvimento, infância, histórico médico e familiar, dentre outros aspectos. Pode ser necessária avaliação neurológica e a aplicação de testes específicos.
Para tratamento, geralmente é necessário o uso de fármacos, do tipo estimulante, associado a seções de terapia. Além disso, pais e professores devem ser orientados, a fim de lidar com o indivíduo de forma mais coerente.
Considerando que tais indivíduos geralmente são estigmatizados por colegas e familiares, e pelo fato de que as dificuldades podem prejudicar sua vida a curto e longo prazo, incluindo aí o abuso de drogas, desvio de conduta e transtornos de humor; é essencial que o tratamento seja feito o quanto antes, e com a devida seriedade.
Por Mariana Araguaia
Graduada em Biologia