Teorias evolucionistas
Até o século XVIII era bem defendida a ideia do fixismo, ou seja, que os indivíduos foram criados e não sofreram modificação através do tempo, apresentando as mesmas características desde a sua criação até os dias atuais. Entretanto, com o conhecimento dos fósseis e o desenvolvimento da anatomia e embriologia, surgiram as teorias evolucionistas, que defendiam que os organismos sofriam mudanças ao longo do tempo.
No que se baseia a teoria evolucionista?
As teorias evolucionistas afirmam que ocorreram mudanças nos organismos ao longo dos milhares de anos do planeta. Essas mudanças podem ser vistas, por exemplo, em fósseis de organismos que hoje não são encontrados na Terra, mas que possuem grandes semelhanças com organismos atuais. Todas as teorias evolutivas existentes falam em mudança, diferenciando-se apenas sobre a forma como essas mudanças ocorreram.
Principais teorias evolutivas
Entre as teorias evolutivas existentes, algumas merecem destaque: o Lamarkismo, o Darwinismo e o Neodarwinismo.
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Lamarckismo
Uma das primeiras teorias que explicaram a evolução dos seres vivos foi a proposta por Jean-Baptiste Lamack (1744-1829). Para explicar a evolução, ele sugeriu duas leis: a lei do uso e desuso e a lei dos caracteres adquiridos.
A lei do uso e desuso explica que, quando um organismo utiliza muito determinada parte do corpo, essa parte desenvolve-se mais que outras e aquelas que não são utilizadas atrofiam-se. A lei da herança dos caracteres adquiridos, por sua vez, afirma que características adquiridas durante a vida podem ser transmitidas aos descendentes.
A teoria de Lamarck apresenta alguns pontos falhos que merecem destaque. O primeiro deles diz respeito ao uso e desuso, que não pode ser considerado uma verdade, pois as características do nosso organismo são predeterminadas pelos genes, e o uso e o desuso poderiam causar alterações nos limites predeterminados. Outro ponto que merece destaque diz respeito às características adquiridas que não podem ser transmitidas, pois não estão presentes na nossa informação genética.
Apesar dos erros, Lamarck tem seu mérito, pois introduziu a ideia de mudança que ocorre nos seres vivos para a sociedade.
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Darwinismo
O Darwinismo reúne as ideias evolucionistas propostas por Charles Darwin (1809-1882). Segundo esse pesquisador, as espécies modificam-se ao longo do tempo em virtude da seleção natural. Para ele, os organismos vivem em uma luta constante pela sobrevivência e apenas aqueles mais aptos são capazes de sobreviver, reproduzir-se e passar as características vantajosas para seus descendentes.
Apesar da seleção natural ser um mecanismo correto, Darwin não conseguiu explicar como as características vantajosas surgiam nos organismos e, tampouco, como eram transmitidas. Essa explicação não foi possível porque não havia conhecimento sobre Genética nesse período.
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Neodarwinismo ou teoria sintética da evolução
O neodarwinismo é uma teoria criada com a contribuição de vários pesquisadores para explicar os fatores que Darwin não compreendia quando apresentou sua famosa teoria. Em outras palavras, dizemos que o neodarwinismo consiste na teoria da seleção natural acrescida dos conhecimentos genéticos adquiridos posteriormente. Assim sendo, o neodarwinismo incorpora a ideia de mutação e recombinação genética.