Raios X

Radiografia colorizada em computador

Os raios X foram descobertos pelo físico alemão Wilhelm Konrad Röentgen (1845-1923), no final de 1895. Na noite de 8 de novembro desse mesmo ano, esse cientista trabalhava com raios catódicos, que anteriormente haviam sido descobertos por Crookes. Em um dado momento, Röentgen percebeu que uma folha de papel tratada com platinocianeto de bário emitia luz – e até mesmo o lado que não estava revestido com o platinocianeto também brilhava.

Esse fato ocorreu mesmo com a ampola de Crookes estando coberta por uma cartolina negra. Ao investigar mais a fundo, para entender a origem dessa luminosidade, Röentgen colocou vários objetos entre a ampola e a tela e observou que todos pareciam ficar transparentes – e qual não foi sua surpresa quando viu os próprios ossos da mão na tela.

Em 28 de dezembro de 1895, ele entregou um relatório para a Sociedade Físico- Médica de Würzburg, Alemanha, descrevendo suas descobertas e indicando que os raios X surgiam na região da ampola de descarga onde os raios catódicos colidem com a parede de vidro.

Visto que considerava esses raios ainda muito enigmáticos, ele denominou-os de Raios X.

A primeira radiografia realizada no mundo foi a da mão de uma senhora de 79 anos, na qual é possível visualizar um anel no dedo anular. Essa radiografia é mostrada abaixo juntamente com a imagem de Röentgen:

Vários cientistas então começaram a investigar esses novos raios que podiam mostrar o corpo humano por dentro e que representavam uma extraordinária evolução, principalmente para o campo da medicina. Até que os cientistas Max von Laue, Friedrich e Knipping explicaram que os raios X eram resultado da colisão de raios catódicos (elétrons) contra os elétrons do cátodo. Não sendo como as radiações alfa, beta e gama, que são de origem nuclear.

Atualmente, sabe-se que os raios X também podem ser produzidos por saltos de elétrons em regiões próximas ao núcleo dos átomos ou pelo choque de elétrons com anteparos duros (que foi o que ocorreu no tubo de raio catódico do experimento de Röentgen).

Assim, é possível definir os raios X da seguinte forma:

Veja no espectro eletromagnético abaixo a localização das ondas eletromagnéticas dos raios X:

Os raios X são um tipo de radiação de alta energia, com capacidade de penetrar em organismos vivos e atravessar tecidos de menor densidade. Ele é absorvido pelas partes mais densas do corpo, como os ossos e os dentes. Em razão dessa característica, o principal uso dos raios X é em radiografias para diagnóstico médico. Mas ele também é usado industrialmente, para observar a estrutura interna de objetos, procurando ver se há falhas em sua estrutura.

Essa capacidade de penetrar nos nossos tecidos faz dos raios X um perigo em potencial, pois a exposição prolongada a eles pode levar à formação de células cancerígenas. Por isso, pessoas que trabalham com radiografias usam aventais de chumbo (que não permitem que essas radiações atravessem) e se mantêm longe no momento do disparo.

Além disso, é recomendável que a mulher em idade fértil só se exponha aos raios X quando estiver menstruada, pois, caso o contrário, pode correr o risco de estar grávida e, assim, colocaria o feto em perigo.

Publicado por Jennifer Rocha Vargas Fogaça
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