Parto na água
O parto na água é tão antigo, e tão significativo, que Boticelli representou o nascimento de Afrodite, deusa do amor, no mar. No entanto, com o passar do tempo, principalmente no ocidente, os partos naturais foram sendo substituídos pelas cesáreas, mesmo em casos em que elas são desnecessárias; graças a, principalmente, preconceitos, falta de ambientes adequados, valor consideravelmente mais alto da cesárea (sendo mais rentável para a equipe médica), e o próprio despreparo dos profissionais da saúde.
Nos anos 70, o obstetra francês Michel Odent introduziu, no hospital em que trabalhava, uma piscina inflável, para que ali pudessem ser feitos partos, caso fosse da vontade das parturientes. Acredita-se que o referido fato foi um dos principais no que se refere ao ressurgimento desse tipo de parto no mundo contemporâneo.
Uma das características mais significativas dos partos naturais é a busca pela redução de traumas, tanto da parte da mãe quanto do filho; fazendo com que o ritmo seja ditado por eles. Assim, intervenções de terceiros só são feitas quando há uma real necessidade, e a presença do companheiro pode se dar de forma ativa. Inclusive, não há problema algum caso desejem que este entre na banheira, juntamente com a mãe.
Conforme as informações anteriores sugerem, não há regras muito fixas quanto aos procedimentos do parto na água. No entanto, é aconselhado que esta esteja aquecida a aproximadamente 36ºC, e o ambiente se apresente com pouca luminosidade, já que são características que se assemelham às encontradas no útero materno. Assim, o bebê sai de um local aquoso, morno e escuro para outro, semelhante. Por tal motivo é que, em muitos casos, a criança nem mesmo chora, ao nascer.
Além disso, tais condições propiciam maior relaxamento por parte da gestante, o alívio das dores típicas desse momento, a redução de inchaços, e maior facilidade nos movimentos. A temperatura da água condiciona o períneo a se dilatar mais facilmente, permitindo que o parto seja mais suave. Aliás, em muitos casos, a episiotomia (corte cirúrgico feito ali, para ampliar o canal de parto), não se faz necessária.
Há mulheres que recorrem à água nos momentos anteriores ao parto, mas, na hora de o bebê nascer, saem, e recorrem a outras posições, como de cócoras, ou semirreclinadas. Como foi dito, não há regras fixas, já que se trata daquilo que, instintivamente, a gestante acredita ser mais favorável.
Uma vez que são poucos os hospitais que atendem esse tipo de parto, a alternativa tem sido recorrer a banheiras ou piscinas infláveis, em partos domiciliares, acompanhados por enfermeiros e obstetras habilitados para tal.
Curiosidade:
Mais de 90% das unidades de saúde públicas do Reino Unido possuem banheira em ambiente de parto.
Por Mariana Araguaia
Bióloga, especialista em Educação Ambiental
Nos anos 70, o obstetra francês Michel Odent introduziu, no hospital em que trabalhava, uma piscina inflável, para que ali pudessem ser feitos partos, caso fosse da vontade das parturientes. Acredita-se que o referido fato foi um dos principais no que se refere ao ressurgimento desse tipo de parto no mundo contemporâneo.
Uma das características mais significativas dos partos naturais é a busca pela redução de traumas, tanto da parte da mãe quanto do filho; fazendo com que o ritmo seja ditado por eles. Assim, intervenções de terceiros só são feitas quando há uma real necessidade, e a presença do companheiro pode se dar de forma ativa. Inclusive, não há problema algum caso desejem que este entre na banheira, juntamente com a mãe.
Conforme as informações anteriores sugerem, não há regras muito fixas quanto aos procedimentos do parto na água. No entanto, é aconselhado que esta esteja aquecida a aproximadamente 36ºC, e o ambiente se apresente com pouca luminosidade, já que são características que se assemelham às encontradas no útero materno. Assim, o bebê sai de um local aquoso, morno e escuro para outro, semelhante. Por tal motivo é que, em muitos casos, a criança nem mesmo chora, ao nascer.
Além disso, tais condições propiciam maior relaxamento por parte da gestante, o alívio das dores típicas desse momento, a redução de inchaços, e maior facilidade nos movimentos. A temperatura da água condiciona o períneo a se dilatar mais facilmente, permitindo que o parto seja mais suave. Aliás, em muitos casos, a episiotomia (corte cirúrgico feito ali, para ampliar o canal de parto), não se faz necessária.
Há mulheres que recorrem à água nos momentos anteriores ao parto, mas, na hora de o bebê nascer, saem, e recorrem a outras posições, como de cócoras, ou semirreclinadas. Como foi dito, não há regras fixas, já que se trata daquilo que, instintivamente, a gestante acredita ser mais favorável.
Uma vez que são poucos os hospitais que atendem esse tipo de parto, a alternativa tem sido recorrer a banheiras ou piscinas infláveis, em partos domiciliares, acompanhados por enfermeiros e obstetras habilitados para tal.
Curiosidade:
Mais de 90% das unidades de saúde públicas do Reino Unido possuem banheira em ambiente de parto.
Por Mariana Araguaia
Bióloga, especialista em Educação Ambiental
Publicado por Mariana Araguaia de Castro Sá Lima
Ferramentas Brasil Escola
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