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Plantas carnívoras

Alguns exemplares de plantas carnívoras
Alguns exemplares de plantas carnívoras

Ao contrário do que muitas pessoas acreditam, uma planta carnívora não se alimentaria de humanos ou pedaços de humanos, uma vez que a maioria é de tamanho relativamente pequeno (embora algumas espécies, como as do gênero Rafflesia, podem atingir um metro de altura) e tempo gasto entre captura e digestão é considerável (cerca de 12 horas).

Este nome, “planta carnívora” foi dado a estas dicotiledôneas pertencentes à ordem Sarraceniales por nada mais nada menos que o famoso naturalista Charles Darwin. Estas são encontradas em todos os continentes, em climas variados.

Essas plantas possuem adaptações que permitem atrair suas presas, aprisionar, matar e digeri-las. Cores atrativas, aroma adocicado, pêlos sensitivos, secreção de líquido viscoso que impede a fuga do animal, estruturas espinhentas que se fecham na presença da presa, folhas escorregadias, dentre outras estratégias, permitem com que se alimentem de invertebrados e pequenos mamíferos e anfíbios, por processos mecânicos e químicos.

Incrivelmente, estas plantas realizam fotossíntese como fonte de nutrição. Entretanto, por serem típicas de solo pobre em determinados nutrientes – como nitrogênio, fósforo e potássio - complementam a alimentação digerindo tais presas.

A digestão ocorre com o auxílio de enzimas digestivas. Sabe-se hoje que essas plantas possuem, também, enzimas que desempenham um papel bactericida e fungicida – o que é compreensível se nos lembrarmos que o processo de digestão nestas espécies é lento e naturalmente, caso não houvesse tais moléculas, ocorreria uma competição entre a planta e estes decompositores. Assim, o complexo de enzimas presente nessas plantas permite a preservação e digestão do alimento até que seja, de fato, consumido.

Após a absorção dos nutrientes, o exoesqueleto e materiais não digeridos são eliminados e levados pelo vento ou água das chuvas.

Uma curiosidade que convém ser pontuada enfoca a espécie Dionaea muscipula, cujas armadilhas perdem a capacidade de captura após determinados fechamentos e passam a fazer fotossíntese. Assim, caso as armadilhas desta sejam ativadas em materiais não comestíveis, a fotossíntese se encarrega de contrabalancear o processo de gasto energético! 

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Por Mariana Araguaia
Graduada em Biologia

Publicado por Mariana Araguaia de Castro Sá Lima

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