Trombocitemia essencial
A trombocitemia essencial - também chamada de trombocitemia idiopática, trombofilia essencial ou trombocitose essencial – é uma doença crônica caracterizada pela produção excessiva de plaquetas sanguíneas pela medula óssea, oferecendo ao paciente risco de sofrer episódios trombóticos e/ou hemorrágicos, sendo estes mais comuns em indivíduos idosos.
Geralmente se manifesta de forma assintomática, sendo descoberta acidentalmente, ao se fazer hemogramas de rotina, e perceber tal aumento. Em casos em que aparecem sintomas, perda de peso, dor de cabeça, febre, sudorese, dor no peito, abortamento, coceiras pelo corpo, isquemia; cegueira transitória, parcial ou completa de um dos olhos (amaurose fulgaz); e ereções persistentes, em que o pênis não retorna ao seu estado “normal” por até aproximadamente quatro horas (priaprismo); são alguns destes, que na maioria das vezes se manifestam isoladamente.
Com causa ainda desconhecida, sua incidência é significantemente maior em adultos entre cinquenta e sessenta anos de idade; e é extremamente raro ser diagnosticada em crianças. Sua incidência é de aproximadamente 1 em cada 30 mil pessoas.
Para diagnóstico confirmatório, além do hemograma, é feita a análise do histórico de saúde do paciente, exame físico, mielograma e biópsia da medula óssea.
Para tratamento, indica-se o uso diário de aspirina e de um fármaco denominado hidroxiureia. Este pode apresentar efeitos colaterais, como alterações na pele, tais como hiperpigmentação, erupções semelhantes ao sarampo (rash maculopapular); náuseas e vômitos. Outras drogas, como o anagrelide, também podem ser utilizadas.
É necessário acompanhamento médico contínuo, e realização periódica de hemogramas, a fim de verificar a contagem de plaquetas.
Por Mariana Araguaia
Graduada em Biologia