Radiação do Corpo Negro
O estudo da radiação térmica se deu a partir do momento em que o físico alemão Robert Kirchhoff, ao analisar as relações existentes entre calor absorvido e calor emitido, propôs duas leis fundamentais para o estudo da radiação térmica.
A primeira lei fala sobre a cor da radiação emitida. Ela depende da frequência, e esta frequência depende da temperatura do corpo aquecido, seja qual for sua composição.
A segunda lei de Kirchhoff introduz o conceito de corpo negro. Para ele, o corpo negro é um excelente emissor de radiação, e toda radiação gerada nele é emitida.
Como o corpo negro apresenta fácil realização prática, ele se tornou fundamental para o estudo das radiações térmicas. Isso porque o corpo negro é caracterizado por uma abertura em um objeto oco, o que possibilita a reflexão nas paredes internas de qualquer tipo de radiação emitida absorvendo então essa radiação.
Modelo prático de um corpo negro
A montagem experimental, feita a partir da radiação emitida pelo corpo negro, obtinha gráficos que eram formados pela potência dessa radiação, mas não eram capazes de serem explicados. Isso porque a física clássica não possuía informações necessárias capazes de obter uma função matemática que desse origem a tais gráficos.
Por volta de 1900, o físico alemão Max Planck resolveu partir dos gráficos gerados pela radiação para enfim chegar à equação. Nascia então a mecânica quântica.
Através de tanto estudo, hoje é sabido que todo objeto que é superaquecido emite uma radiação visível, analisada através do espectrômetro (dispositivo que dispersa radiação).
Através desse objeto é possível medir o comprimento e a intensidade de ondas eletromagnéticas, componentes da radiação emitida, o que permite a construção do seu espectro.
Radiador Ideal – Corpo negro cuja radiação depende apenas de sua temperatura.
Por Talita A. Anjos
Graduada em Física
Equipe Mundo Educação