O estudo morfossintático das palavras
Durante toda nossa trajetória enquanto seres aprendizes, passamos por determinadas etapas que norteiam a prática da educação formal.
No que se restringe às disciplinas da grade curricular, mais especificamente à Língua Portuguesa, apreendemos os conteúdos direcionados a cada série de uma forma específica. Como por exemplo, no 6º ano estudamos todas as classes gramaticais, e nos anos seguintes, a ênfase é para a sintaxe e toda a sua complexidade de temas.
Quando adentramos no ensino médio, começa uma fase revisional de tudo aquilo que já travamos contato durante as séries anteriores.
E é justamente nesse período que nos deparamos com a chamada Morfossintaxe. Ela nada mais é, que a junção da Morfologia, a qual estuda as palavras de acordo com sua classe gramatical, e a Sintaxe, onde o estudo centra-se na posição desempenhada pelas palavras em meio ao contexto linguístico.
Diante disso, torna-se essencial nos inteirarmos completamente sobre o assunto, pois o mesmo é muito requisitado em provas de vestibulares e concursos de uma forma geral.
Ao falarmos sobre morfossintaxe, devemos levar em consideração que uma mesma palavra analisada sob a ótica morfológica pode assumir diversificadas funções quando analisada de acordo com a sintaxe.
Com o objetivo de assimilarmos nossos conhecimentos de uma forma mais contundente, analisaremos as seguintes orações:
O conhecimento é essencial a todos.
Logo, analisando o vocábulo “conhecimento” de acordo com a classe morfológica, estamos diante de um substantivo abstrato.
Sintaticamente, o mesmo poderá exercer papéis divergentes. Observe:
Nessa oração ele é sujeito simples, por tratar-se de apenas um núcleo.
Já em:
Devemos priorizar o conhecimento, a palavra “conhecimento” funciona como objeto direto, pois o verbo priorizar é transitivo, e, consequentemente, requer um complemento.
Os alunos necessitam de conhecimento para obter bons resultados. Nesse exemplo, o vocábulo exerce a função de objeto direto como sendo um complemento do verbo necessitar, que, via de regra, exige a presença de uma preposição.
Gostaria que você saciasse a minha ânsia por conhecimentos. A palavra ”conhecimento” completa o sentido de um nome - o substantivo “ânsia”, portanto, trata-se de um complemento nominal.