A poesia visual: Concretismo
A poesia concreta foi a principal corrente de vanguarda da literatura brasileira. Iniciado em 1956, o Concretismo foi liderado por três poetas paulistas: os irmãos Haroldo e Augusto de Campos e Décio Pignatari. Entre as principais propostas do movimento, estavam a extinção da poesia intimista e o desaparecimento do eu lírico, propostas encontradas na poesia de João Cabral de Melo Neto, cujos ideais inspiraram os concretistas.
A principal característica do Concretismo é a geometrização e visualização da linguagem: há uma integração entre o som, a imagem e as palavras, além de uma forte ligação com a música, as artes visuais e o design. A divulgação dessa arte tão peculiar contou com diversos suportes e meios técnicos, entre eles livros, revistas, jornais, cartazes, videotexto, holografia e, na contemporaneidade, a internet. Essa versatilidade fez com que a poesia pudesse ser discutida não apenas no âmbito literário, mas também no âmbito das artes em geral, proporcionando um interessante debate sobre os parâmetros da poesia.
Para que você conheça melhor o trabalho de um poeta concreto, o Mundo Educação selecionou cinco poemas do Concretismo que vão convidar você para uma viagem sensorial. Depois dessa experiência, certamente sua concepção de arte e literatura nunca mais será a mesma. Boa leitura!
Décio Pignatari: beba coca-cola, 1957
Augusto de Campos: luxolixo (versão gráfica de Hansjörg Meyer)
Augusto de Campos: o pulsar, 1975
Haroldo de Campos: crisantempo, 1998
Ronaldo Azeredo: velocidade, 1958
*A imagem do início do artigo foi feita a partir das capas dos seguintes livros:
Galáxias, Haroldo de Campos. Editora 34;
Poesia pois é poesia, Décio Pignatari. Editora Brasiliense;
Verso reverso controverso, Augusto de Campos. Editora Perspectiva.