Níveis de fala
Existem tipos diferentes de fala? Sim!
Vejamos, primeiramente, alguns conceitos:
Língua: é um código linguístico usado por uma sociedade e, portanto, trata-se de uma convenção entre um grupo. Então, dizemos que a língua é social.
Fala: é o modo como a língua é utilizada, logo, parte de cada pessoa, é individual. Daí dizemos que a língua é individual, pois cada um tem um modo de se expressar oralmente.
Muitos fatores influenciam na maneira como determinado indivíduo fala: idade, sexo, grau de escolaridade, local onde trabalha, cargo que ocupa, local onde estuda, local onde mora, profissão, o caráter, a criação, as amizades, a família de modo geral.
Uma menina diz “antão” mesmo sabendo que é “então” e um dia quando conversa com a mãe da garota entende-se o porquê! E se conversássemos com a avó, provavelmente decifraríamos a origem do problema!
Vê-se que a língua, ao partir do social para o individual, recebe um estilo próprio, mesmo que este não faça jus à norma culta. Mesmo porque não há como julgar a fala como certa ou correta, somente a escrita, pois esta se trata de um acordo normatizado e documentado. A língua é a referência, e não a fala!
Os níveis de fala compreendem o modo como o falante se manifesta nas diversas situações vividas.
O nível culto ou formal obedece às regras da norma culta, da gramática normativa. É frequente em ambientes que exigem tal posicionamento do falante: em discursos, em sermões, apresentação de trabalhos científicos, em reuniões, etc. Logicamente, a escrita também seguirá padrões quando se trata de textos acadêmicos ou de teor científico.
O nível coloquial ou informal é a manifestação espontânea da língua. Independe de regras, apresenta gírias, restrição de vocabulário, formas subtraídas das palavras. Está presente nas conversas com amigos, familiares, pessoas com quem temos intimidade. É muito comum se ver o coloquialismo sendo utilizado em textos, principalmente da internet, como no MSN, no Orkut, blogs, etc.
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