Características do arquipélago de Galápagos
As Galápagos, também conhecidas como Arquipélago de Colombo, são um conjunto de ilhas vulcânicas localizadas no Oceano Pacífico e situadas a aproximadamente 1000 km da costa do Equador. Dotada de uma biodiversidade ímpar, o Arquipélago de Galápagos foi visitado por Charles Darwin em sua viagem a bordo do navio H.M.S. Beagle, sua visita foi de fundamental importância para os estudos do naturalista.
Formado por treze ilhas maiores e sete ilhotas, o arquipélago de Galápagos é assim chamado porque “galápago” é um nome em espanhol que significa sela, em referência ao formato dos cascos das tartarugas gigantes encontradas nas ilhas do arquipélago.
Há trinta anos, o arquipélago de Galápagos foi declarado Patrimônio Natural da Humanidade pela UNESCO (Organização da ONU para a Educação, a Ciência e a Comunicação), e no ano de 2008 suas ilhas foram incluídas na lista de reservas ameaçadas pela invasão de espécies exóticas e pelo impacto do turismo.
O arquipélago de Galápagos abriga espécies que não são encontradas em nenhum outro lugar da Terra (endêmicas) e por se localizar distante do continente americano sofreu pouco impacto antrópico, o que beneficia sua fauna e flora originais. As correntes marítimas (Humboldt, Cromwell e Norte e Sul equatorianas) levam nutrientes para as ilhas de Galápagos, o que torna essas águas ricas em fitoplâncton, dando condições para que existam hábitats diferenciados atraindo grande variedade de organismos vivos.
Estima-se que das cinco mil espécies encontradas em Galápagos, duas mil são endêmicas e entre elas podemos citar os tentilhões de Darwin, as tartarugas gigantes, iguanas terrestres e marinhas, lagartos de lava, pinguim-de-galápagos, entre outros.
Uma tartaruga gigante batizada de George era o principal símbolo do arquipélago e da luta pela conservação do meio ambiente na região. Oriundo da Ilha Pinta, George pertencia à subespécie Chelonoidis nigra abingdoni e era considerado o último exemplar dessa subespécie. Essa subespécie foi dizimada após colonizadores introduzirem espécies exóticas como cabras e porcos na ilha onde essas tartarugas viviam. Com a reprodução rápida, essas espécies exóticas destruíram o hábitat das tartarugas, reduzindo drasticamente sua população. George foi encontrado pelo pesquisador József Vágvölg no ano de 1971 e encaminhado ao Parque Nacional de Galápagos no ano de 1972, onde viveu até 24 de junho de 2012. Com a morte de George, a subespécie Chelonoidis nigra abingdoni entrou em extinção.
Como Galápagos pertence ao Equador, o Governo desse país limitou a visitação ao arquipélago em 20.000 turistas ao ano, sendo que para conhecer o Parque Nacional de Galápagos algumas regras devem ser seguidas, como não tocar nos animais, não jogar objetos no chão e não montar acampamentos.
Nos dias atuais, as ilhas Galápagos estão correndo grandes riscos devido ao crescimento populacional, uso excessivo dos recursos naturais, efeitos da mudança climática global e introdução de espécies exóticas invasoras que competem com as espécies nativas e até se alimentam delas.
Pesquisadores, organizações locais e moradores das ilhas estão se unindo para proteger e conservar a biodiversidade através de projetos que garantam uma vida digna aos moradores das ilhas e ao mesmo tempo a preservação da biodiversidade das ilhas.