Eclâmpsia e Pré-eclâmpsia
Gravidez é um período de muitas mudanças físicas, mentais e orgânicas para a futura mamãe. Desta forma, é um período de muitos cuidados e de redobrada atenção por parte da família. Mulheres que apresentem diabetes, obesidade, lúpus, primeira gestação ou gestação antes dos 18 anos e depois dos 35, devem redobrar sua atenção para o perigo da pré-eclâmpsia.
A pré-eclâmpsia se caracteriza como uma elevação na pressão arterial da gestante, presente principalmente a partir do 3º trimestre e que não deve ser negligenciado, visto que essa doença é a principal causa de morte materna no Brasil.
A gravidez naturalmente é o crescimento de um ser dentro do útero da mulher, mas esse novo ser é diferente do corpo da mãe e o organismo materno não rejeita esse corpo estranho, porque desenvolve mecanismos imunológicos para proteger o feto. Entretanto, em alguns casos, existe a liberação de proteínas na circulação materna, que agride as paredes dos vasos sangüíneos, causando o aumento da pressão arterial.
Segundo a Organização Mundial da Saúde, a pré-eclâmpsia é responsável por quase 20% das mortes de mulheres grávidas, além de estar associada à paralisia cerebral ou retardo mental nas crianças nascidas.
É importante ressaltar que a hipertensão é uma doença que não apresenta sintomas aparentes, mas qualquer descuido pode fazer com que uma forma leve de pré-eclâmpsia evolua com complicações.
Assim fique atenta para alguns sintomas que podem aparecer:
- Sintomas da pré-eclâmpsia: hipertensão arterial, inchaço, principalmente nas pernas e pés, aumento exagerado do peso corpóreo e perda de proteína pela urina.
- Sintomas característicos da eclâmpsia: forte dor de cabeça, de estômago e confusão visual, seguida de convulsão, sangramento vaginal e coma.
A única maneira de controlar a pré-eclâmpsia e evitar que evolua para eclâmpsia é o acompanhamento pré-natal criterioso e contínuo da gestação. Pacientes com pré-eclâmpsia leve devem fazer repouso, medir com frequência a pressão arterial e adotar uma dieta com pouco sal. Medicamentos anti-hipertensivos e anticonvulsivantes são indicados para o controle dos quadros mais graves, que podem exigir a antecipação do parto.
Então fique atento a algumas dicas:
- Vá ao ginecologista antes mesmo de engravidar para a realização de uma avaliação clínica e início da administração de ácido fólico.
- Valorize o pré-natal. Compareça a todas as consultas marcadas e siga as orientações médicas durante a gestação.
- Faça exercícios físicos compatíveis com a fase da gestação.
- Procure melhores hábitos de vida... Reduza a quantidade de sal nas refeições, não fume e evite a ingerir álcool durante a gravidez.
Fabrício Alves Ferreira
Graduado em Biologia
Equipe Mundo Educação