Metamorfose

A metamorfose ocorre em uma série de animais e garante a transformação do estágio larval em adulto. Ela acontece em invertebrados e vertebrados.
A metamorfose refere-se às mudanças sofridas por certos animais durante seu desenvolvimento.

Metamorfose são mudanças pelas quais alguns animais passam durante seu desenvolvimento. Essas mudanças envolvem transformações na estrutura corporal e mesmo no comportamento, alimentação e habitat desses animais. De maneira resumida, podemos dizer que a metamorfose seria a transição da forma larval para a adulta durante o desenvolvimento do animal.

Esse processo, portanto, ocorre apenas em animais que apresentam desenvolvimento indireto, ou seja, em que há o desenvolvimento de um estágio larval. Em animais com desenvolvimento direto, nos quais os jovens nascem como uma miniatura dos adultos, não há metamorfose.

A borboleta é um animal que sofre metamorfose, apresentando diferentes estágios em seu desenvolvimento (larva, pupa e adulto). Entretanto, apesar de nos lembrarmos facilmente de exemplos de insetos, esses não são os únicos animais que sofrem metamorfose, sendo esse processo observado também em outros invertebrados, como equinodermos e moluscos, e em vertebrados, como os anfíbios. Neste texto daremos enfoque na metamorfose dos insetos e de anfíbios anuros.

Leia também: Desenvolvimento direto e indireto

Metamorfose em insetos

Quando falamos em metamorfose, é quase impossível não citar os insetos. Nesse grupo de animais, muitos passam por esse processo, porém é importante deixar claro que nem todos eles. Os insetos podem ser classificados, de acordo com a sua forma de desenvolvimento, em ametábolos, hemimetábolos e holometábolos.

  • Ametábolos

São aqueles que nascem do ovo, apresentando-se como uma miniatura do adulto e não sofrendo, portanto, metamorfose. Como exemplo, podemos citar as traças.

Nos insetos ametábolos, não ocorre metamorfose.
  • Hemimetábolos

Apresentam metamorfose parcial ou incompleta. Como exemplo de insetos hemimetábolos, podemos citar os gafanhotos e grilos. O indivíduo jovem (ninfa) é muito semelhante ao adulto, porém é menor e não apresenta asas. Nesse caso, o inseto sofre mudanças graduais a cada muda, de modo que os brotos alares vão crescendo de pouco a pouco. Com a muda final, temos um gafanhoto com tamanho de adulto, presença de asas e sexualmente maduro.

Nos insetos hemimetábolos, a metamorfose é incompleta.
  • Holometábolos

Neles ocorre uma metamorfose completa, com mudanças abruptas na forma do corpo. Como exemplo de insetos holometábolos, podemos citar as borboletas.

No caso da borboleta, do ovo nasce uma larva, conhecida como lagarta. Durante essa fase, o animal se alimenta e vai aumentando de tamanho. Após várias mudas, a lagarta se desenvolve em pupa, um estágio em que o animal não se alimenta. Dentro da pupa, várias modificações ocorrem e garantem a formação de um adulto. O indivíduo adulto é muito diferente da fase larval.

As lagartas, por exemplo, apresentam peças bucais mastigadoras, as quais elas usam para se alimentar de folhas. As borboletas adultas, por sua vez, apresentam peças bucais sugadoras, as quais elas usam para adquirir néctar. As lagartas não possuem asas, enquanto as borboletas apresentam capacidade de voo. Percebemos, portanto, que esses animais apresentam diferenças estruturais e também em seu hábito de vida. Essas diferenças são importantes, pois reduzem a competição entre jovens e adultos da mesma espécie. Para saber mais, leia: Metamorfose das borboletas.

Nos insetos holometábolos, a metamorfose é completa.

Metamorfose em anfíbios anuros

Os anuros são outro grupo de animais que apresentam metamorfose bem conhecida. Nas rãs, por exemplo, podemos observar que do ovo eclode um estágio larval, chamado de girino, e que este sofre uma série de modificações até se tornar adulto.

Nos anfíbios, há um estágio larval aquático e um adulto que vive no ambiente terrestre.

O girino vive no ambiente aquático e apresenta hábitos herbívoros. Ele apresenta uma cauda muito semelhante à dos peixes, a qual é importante para seu deslocamento. A respiração é do tipo branquial e garante a captação de oxigênio no ambiente aquático. Durante a metamorfose, surgem patas, a cauda é reabsorvida, as brânquias se degeneram e os pulmões se desenvolvem. Após a metamorfose, o animal está apto a viver no ambiente terrestre, retornando ao ambiente aquático para se acasalar.

Publicado por Vanessa Sardinha dos Santos
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