Melanoma

O melanoma é o tipo mais raro entre os cânceres de pele, entretanto, em razão de sua alta letalidade, seu estudo torna-se bastante importante.
Manchas escuras na pele que mudam de cor e forma podem ser sinais de melanoma

Existem diferentes tipos de câncer de pele, alguns mais graves e outros mais brandos. O melanoma é um tipo pouco comum, entretanto bastante agressivo em virtude de seu alto poder de metástase. Vale destacar, no entanto, que, se descoberto nas fases iniciais, apresenta grandes chances de cura.

O melanoma desenvolve-se inicialmente nos melanócitos, células especializadas na produção de melanina. Em razão dessa característica, os melanomas, em sua maioria, são marrons ou pretos. Alguns, no entanto, não apresentam esse tipo de pigmentação.

O principal sintoma do melanoma é o surgimento de uma pinta escura de bordas irregulares que normalmente provoca coceira e descamação. Algumas vezes as pintas já existentes podem aumentar de tamanho e mudar a cor e forma, indicando o aparecimento da doença. Esse tipo de câncer pode surgir em qualquer parte do corpo, entretanto, a grande maioria desenvolve-se no tronco, pernas, pescoço e rosto.

Os melanomas podem ser classificados em quatro tipos. Analise a seguir as características de cada um:

- Melanoma expansivo superficial – É o tipo mais frequente e acredita-se que se relaciona com a exposição sazonal ao sol. Aparece sobre uma pinta já existente.

- Melanoma nodular – É o segundo tipo mais comum e caracteriza-se por ser uma lesão sólida e elevada, que frequentemente apresenta ulcerações e sangramentos.

- Melanoma lentiginoso acral – Tipo histológico mais agressivo e acomete principalmente as regiões palmoplantares, extremidades digitais, mucosas e semimucosas.

- Melanoma lentigo maligno – Mais comum em idosos e é pouco frequente. Caracteriza-se pelo surgimento de manchas grandes principalmente na face, mãos e pernas.

Para a realização do diagnóstico do melanoma, o médico deve analisar cuidadosamente as lesões de coloração estranha com tamanho e forma irregulares e limites indefinidos. Para confirmar que se trata de um melanoma, biópsias devem ser realizadas nessas lesões.

Após a realização do diagnóstico, normalmente é indicada a realização de cirurgia. Em casos graves, quando já ocorreu metástase, o tratamento é realizado apenas para melhorar a qualidade de vida do paciente, uma vez que não há mais chances de cura.

Assim como a maioria dos cânceres de pele, o melanoma pode ser prevenido através de cuidados simples com a pele. Dentre as principais formas de prevenção, destaca-se a exposição segura ao sol, evitando os horários das 10 às 16 horas e usando sempre filtro solar, óculos escuros, chapéus e bonés. Esses cuidados devem ser maiores em pessoas de pele clara e que apresentam casos de melanoma na família, uma vez que esses são importantes fatores de risco.

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), somente em 2010 foram 1507 mortes em consequência do melanoma no Brasil. Observa-se, portanto, que esse é um importante problema de saúde pública e que merece atenção por parte de todas as pessoas, principalmente aquelas que fazem parte dos grupos de risco.

Publicado por Vanessa Sardinha dos Santos
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