Melanina
Os seres humanos apresentam diversas tonalidades de pele e de pelos. A coloração dessas estruturas resulta da interação de vários pigmentos, como carotenoides, hemoglobina e a melanina, sendo esse último o principal responsável por promover a coloração.
A melanina é uma proteína produzida a partir da tirosina (um aminoácido essencial) por células especializadas denominadas de melanócitos. Esse pigmento apresenta normalmente coloração marrom e sua principal função é proteger o DNA contra a ação nociva da radiação emitida pelo sol.
Os melanócitos possuem um citoplasma em formato de glóbulo de onde saem prolongamentos que seguem em direção à superfície da epiderme. No seu caminho, os prolongamentos adentram células denominadas queratinócitos e introduzem o pigmento em seu interior. A associação melanócito e queratinócito é chamada de unidade epidérmico-melânica e normalmente é formada por apenas um melanócito e mais de trinta queratinócitos.
A produção de melanina nos melanócitos ocorre mais precisamente no interior de organelas denominadas de melanossomos. É a quantidade dessas organelas que determina se uma pele será mais ou menos pigmentada. Nos melanócitos ocorrem diversas reações estimuladas principalmente pela enzima tirosinase, que oxida a tirosina.
Dois subtipos de melanina são produzidas no interior dos melanossomos: a eumelanina e a feomelanina. A eumelanina possui um alto peso molecular e destaca-se por apresentar uma cor que varia de marrom a negro. A feomelanina, por sua vez, possui coloração vermelha ou amarela.
A melanina pode ser classificada ainda em construtiva e facultativa. O primeiro tipo é determinado pelos nossos genes e não necessita, portanto, de exposição solar para ser produzida. A facultativa, por sua vez, é sintetizada somente após a exposição aos raios ultravioletas. Assim sendo, a cor facultativa da pele é reversível, enquanto a construtiva é herdada e não pode ser alterada.
O escurecimento da pele (cor facultativa) observado após a exposição ao Sol funciona como uma reação do nosso corpo para realizar a fotoproteção de nosso material genético. Algumas vezes, no entanto, a exposição é muito excessiva e desencadeia importantes alterações, tais como melasma e lentigos. Além disso, uma prolongada exposição sem proteção ao longo dos anos pode gerar o desenvolvimento de cânceres de pele.
Curiosidade: Pessoas albinas não são capazes de produzir melanina em virtude de uma deficiência na ação da tirosinase ou então pela ineficiência no transporte de tirosina para o interior dos melanócitos. É uma doença hereditária, e pessoas com esse problema apresentam pele, cabelos e olhos muito claros.