As Economias Regionais Brasileiras
O Brasil é dividido em cinco regiões: Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sul e Sudeste, além disso, o país também é regionalizado em três macrorregiões econômicas: Centro-Sul (Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Goiás), Nordeste (Bahia, Pernambuco, Alagoas, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Piauí e Maranhão) e Amazônia (Mato Grosso, Tocantins, Pará, Amapá, Rondônia, Amazonas, Acre e Roraima).
Cada macrorregião possui características distintas devido a vários fatores, como história, desenvolvimento, população, economia.
A região Centro-Sul, de todas as macrorregiões, é a mais desenvolvida, não só economicamente, mas também em indicadores sociais (saúde, educação, renda, mortalidade infantil, analfabetismo entre outros).
Apresenta uma economia dinâmica e diversificada em atividades, que varia desde a indústria de base até tecnologia de ponta, grande parte das indústrias está estabelecida nesse complexo, a malha urbana é complexa e interdependente, a agropecuária em geral apresenta elevado índice tecnológico, além de contar com um grande setor terciário (prestação de serviços, mercado varejista, etc.), infra-estrutura de transportes superior às demais áreas e um amplo sistema de telecomunicação (emissoras de TV, telefone fixo e móvel, internet, entre outros).
A macrorregião da Amazônia abrange praticamente todos os Estados com cobertura vegetal amazônica. Nas últimas décadas o Norte, como um todo, vem sofrendo grandes alterações em sua paisagem natural. Essa região ainda é pouco povoada e a atividade industrial é restritamente desenvolvida, de uma forma geral todos os Estados que compõe a macrorregião são desprovidos de infra-estrutura e serviços sociais, como acesso à educação, saúde, segurança, emprego, transportes e muitos outros, até por que nessas áreas há uma enorme ausência do estado, e muitas vezes, como no Pará, o poder é centrado nas mãos de grandes fazendeiros e madeireiros que agem segundo os seus interesses, por conta própria e na base da força.
A ocupação sem planejamento e presença do Estado contribui para o surgimento de impactos profundos no ambiente, no qual os principais agentes de devastação são a extração de madeira, extração de minérios como o garimpo e principalmente a crescente expansão de áreas agrícolas e pastoris.
No Nordeste o clima, em grande parte, é composto pelo clima semi-árido, principalmente no sertão e no agreste. Essa foi uma das áreas mais exploradas no período colonial, pois o nordeste do Brasil foi explorado durante muito tempo com destaque para a produção do açúcar utilizando de mão-de-obra escrava, os fatores coloniais geraram uma herança marcada por sérios problemas estruturais, econômicos. As concentrações de terras e a hegemonia da elite no poder foram alguns dos fatores da elevada desigualdade social.
Apesar das adversidades a partir dos anos 80 as principais cidades nordestinas (Salvador, Recife e Fortaleza) e outras micro-regiões conseguiram se elevar economicamente, destacando os setores do turismo, indústria e agricultura de precisão.
Recentemente algumas áreas do Brasil tiveram acesso a investimentos por parte do Governo Federal e capital estrangeiro, os recursos arrecadados serviram para melhorar os serviços sociais e infra-estrutura de transportes e comunicação, permitindo que o desenvolvimento alcançasse áreas do Nordeste e Amazônia isoladas, dessa forma atingiram prosperidade.
Em suma, à medida que novas áreas se inserem no contexto da economia nacional e mundial, as fronteiras das áreas econômicas regionais são reformuladas.