Diferença entre lago, lagoa e laguna

A diferença entre lago, lagoa e laguna encontra-se no tamanho e na tipificação de suas formações geográficas.
Exemplo de um lago, com pequena extensão

Muitas pessoas confundem as expressões lago, lagoa e laguna, achando que são sinônimas. Porém, são termos distintos para designar diferentes acidentes geográficos. Mas qual é exatamente a diferença entre eles?

Em primeiro lugar, vamos estabelecer a diferença entre laguna e os outros dois tipos. Enquanto o lago e a lagoa são porções de terra com altitudes inferiores ao ambiente circundante, retendo e acumulando uma relativa quantidade de água, a Laguna é um espaço que apresenta algum tipo de ligação com a água do mar. A laguna é, assim, um corpo de água salgada ou salobra de origem marinha que se encontra separado do mar por breves formações rochosas, barreiras de areia ou por recifes.

Por sua vez, a diferença entre lago e lagoa é um pouco mais complexa, pois não existe um padrão na literatura especializada para diferenciar as suas formações. Geralmente, considera-se que a lagoa é menor, mais localizada, enquanto o lago é maior e mais abrangente. Além disso, estima-se que os lagos sejam de origem antiga, ligada a eventos geológicos, como as eras glaciais, enquanto a formação de lagoas é mais específica e aparentemente “banal”.

Em Geologia, por exemplo, há a definição de que os lagos são necessariamente maiores do que 0,1 km² por parte de alguns autores, não havendo uma definição específica para o que é, exatamente, uma lagoa*. Em alguns casos, afirma-se que lagoa é, simplesmente, uma expressão popular para lago pequeno**.

Diante dessa verdadeira confusão, muitos nomes são atribuídos para as diferentes paisagens com definições aparentemente erradas. A Lagoa dos Patos, por exemplo, apresenta características de uma laguna e, mesmo que não apresentasse tais aspectos, não poderia ser chamada de lagoa, por possuir uma larga extensão, mais condizente com um lago.

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* RICCOMINI, C. et. al. Rios e Processos Aluviais. In: TEIXEIRA, W. et. al. Decifrando a Terra. São Paulo: Oficina de Textos, 2000. p.194.

** PEIXOTO, A. M. Enciclopédia Agrícola Brasileira. Vol. 4 I-M. p.227.

Publicado por Rodolfo F. Alves Pena
Química
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