Origem e composição da canela
A canela (Cinnamomum zeylanicum) é obtida por meio do tronco da caneleira, uma árvore que tem seus galhos secos separados de suas “cascas” de cor marrom-avermelhadas, muito perfumadas. Essa árvore é nativa do antigo Ceilão, atual Sri Lanka, ao sul da Índia.
Essa especiaria muito cobiçada no passado era um dos motivos de inúmeras embarcações seguirem para o Oriente, mais especificamente para o Ceilão, nos séculos XIV e XVI. A canela, juntamente com outras especiarias, como o cravo, a pimenta-do-reino e a noz-moscada, era utilizada como moeda de troca para pagar serviços, impostos, dívidas, acordos, obrigações religiosas e servia até mesmo como dotes, heranças, reservas de capital e divisas de um reino.
Ainda hoje a sua maior aplicação é como condimento e aromatizante na culinária popular. Por exemplo, quem não gosta de um pouco de canela para dar um toque especial no arroz-doce?
No entanto, a canela possui também outras aplicações, sendo utilizada até mesmo na medicina. O seu componente ativo é o aldeído cinâmico ou cinamaldeído, cuja fórmula é mostrada a seguir:
Essa é a substância responsável pelo odor característico da canela. O aldeído cinâmico foi sintetizado pela primeira vez em 1884.
A canela tem propriedades analgésicas e digestivas, tem poderes carminativos, isto é, libera gases em todo o sistema digestório, que são liberados na forma de arrotos ou por flatulência. Ela também combate a fraqueza e o desânimo.