Poliuretano em casas pobres

Casa de ferro na África

O poliuretano (PU) é um polímero de rearranjo formado por meio da polimerização de dois ou mais isociana­tos com um álcool polifuncional, ou seja, um poliol. Mas, os monômeros mais utilizados pelas indústrias para produzir o PU são o di-isocianato de parafenileno e o etilenoglicol.

Essa reação de polimerização é mostrada a seguir:


Síntese de poliuretano a partir de di-isocianato de parafenileno e etilenoglicol

Durante a sua produção, à quente, pode ser misturados aos reagentes um gás, que tende a se desprender causando a expansão do polímero, liberando calor e originando uma espuma, que pode ser flexível ou rígida.

Portanto, os usos mais comuns do poliuretano são em produtos com espumas, como em colchões, almofadas, travesseiros, painel de instrumentos acolchoados, volantes, preenchimento de assentos, revestimentos à prova de som, saltos de sapatos, fibras, etc.

Mas, há também uma utilização do poliuretano que está ajudando a resolver as necessidades de casas pobres feitas de ferro retorcido e compensado, principalmente na África. Os maiores problemas desse tipo de habitação é que elas são muito quentes e atraem insetos.

Uma solução temporária consiste em borrifar a construção com o poliuretano, que os insetos e o calor são mantidos fora da casa. Além disso, ele funciona como um revestimento acústico.

Em construções no mundo todo se usa esse polímero para a finalidade de tornar a casa À prova de som. Por exemplo, na foto abaixo é mostrada uma parede que foi pulverizada com a espuma líquida do poliuretano antes de se colocar o tapume.  


Parede é pulverizada com espuma isolante líquida de poliuretano antes de o tapume continua

Voltando aos lares na África, depois que eles passam o revestimento de poliuretano, ele é então pintado com uma resina à prova de fogo e que também protege contra os raios ultravioletas do sol.

Em caso de mudança, os moradores podem cortar com uma faca o poliuretano em painéis e usá-lo novamente em outra casa, pois ele sua vida útil não termina. Ele pode ser usado como combustível em incineradores municipais, substituindo o carvão mineral, um combustível fóssil não renovável. E ainda pode ser reciclado, obtendo-se novamente os seus constituintes químicos.

Publicado por Jennifer Rocha Vargas Fogaça
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