O lugar-comum: um recurso dispensável à argumentação

O lugar-comum, por nada agregar ao discurso, torna-se dispensável à argumentação

Por mais que se ateste a predominância de uma diversidade de gêneros cobrados nas redações em concursos e vestibulares, aqueles de cunho argumentativo parecem que tendem a sobressair. Dessa forma, seja um editorial, uma carta argumentativa, uma dissertação propriamente dita, um manifesto, enfim, a intenção que norteia quaisquer dessas “exigências”, digamos assim, define-se por avaliar a capacidade que possui o candidato em discorrer acerca dos assuntos que circundam a realidade em que vive, se realmente se mostra como um(a) cidadão(ã) bem-informado(a), capaz de refletir, de se posicionar enquanto ser único e dotado de opiniões próprias.

Nesse sentido, assumindo tal posicionamento, você, enquanto emissor, precisa adotar uma postura bem definida, sólida, consistente, apoiada em fatos objetivos, concretos, de modo a fazer com que o interlocutor atribua ao discurso a confiabilidade e, sobretudo, a credibilidade - tão importantes quanto necessárias.

Dada essa importância, o intento a que se presta o artigo em questão tem por finalidade abordar acerca de um dos aspectos “dispensáveis” à sua força argumentativa, ao ponto de vista por você defendido. Ele, por sua vez, define-se pelo chamado lugar-comum. Para compreendê-lo melhor, torna-se necessário partirmos do princípio de que ao estabelecermos familiaridade com um determinado texto, o mínimo que se espera é que esse faça algum sentido para nós enquanto leitores, que traga, que agregue uma noção a mais diante dos conhecimentos de que devemos dispor.

É justamente nesse sentido que entra em cena o lugar-comum, que nada mais é do que aquelas supostas “verdades” que, quando as lemos ou ouvimos, temos a sensação de tê-las escutado por uma diversidade de vezes. Assim, ao invés de uma reflexão, o que na verdade se atesta é algo relativo a uma “sabedoria universal”, a algo que é indiscutível – fruto de um conhecimento que é passado de geração a geração, de uma ideia coletiva e não própria de quem a emite, e que, infelizmente, acaba povoando nossos discursos, seja na oralidade, seja na escrita.

Assim, em face de tais elucidações, pretendemos deixar bem claro que cada vez mais urge a necessidade de você optar pela busca de informações, estando esses disponíveis por meio da leitura de boas fontes, do contato com os demais meios informativos, tais como aqueles divulgados em meios eletrônicos ou impressos, como os jornais, por exemplo. Sem falar na importância de estar sempre em contato com pessoas mais influentes, experientes e dotadas de conhecimentos mais avançados.

Para terminar, deixemos registradas algumas ocorrências que representam o caso em questão – dispensáveis, acima de tudo:

“Homem não chora” / “A esperança é a última que morre” / “Na favela só existem ladrões” / “Brasileiro é preguiçoso por natureza” / “Devagar se vai ao longe”...

Publicado por Vânia Maria do Nascimento Duarte
Química
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Dispositivos amplamente difundidos hoje e sem relatos concretos sobre os seus malefícios são os cigarros eletrônicos. Por mais que não saibamos de maneira clara o quão fazem mal a saúde é claro e evidente que não fazem bem! Vamos entender o seu funcionamento e desvendar o motivo pelo qual com certeza ele fazem mal a saúde.
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