A biodiversidade evolutiva do ambiente marinho e terrestre
O ambiente marinho, também denominado de talassociclo, representa o conjunto de ecossistemas de água salgada, abrangendo aproximadamente 70% da superfície do planeta, sendo considerado o maior ambiente da biosfera.
Contudo, mesmo diante de tamanha magnitude, possui uma baixa biodiversidade em relação ao número de espécies em comparação à totalidade do ambiente terrestre. Porém, com significativa quantidade e distribuição de organismos, por exemplo, a população de algas.
Uma das explicações para essa diferenciação, diante o surgimento da vida na água, provavelmente estaria associado à considerável estabilidade térmica do meio aquático durante os processos evolutivos, apresentando temperaturas mais contínuas em vista das freqüentes oscilações em certas faixas continentais.
Tal influência climática, desde o pretérito até a presente data, circunstancia de forma direta e acumulativa transformações na morfologia e fisiologia dos organismos, refletindo a estrutura populacional, ou seja, a manifestação ambiental provocando a incidência de novas condições sobre o arranjo molecular (genético) de um ser vivo, tendo que se adaptar ou desenvolver características diversificadas (mutações), favorecendo com o tempo o aparecimento de novas espécies.
Desta forma, há bilhões de anos, os oceanos certamente abrigavam uma concentração de organismos, que a partir das gradativas alterações físico-químicas do meio (harmonização) mantiveram um padrão biológico contínuo. Enquanto no meio terrestre, os organismos que foram “saindo” da água passaram e ainda passam por uma pressão de adaptação proporcional aos efeitos abióticos, resultando atualmente em uma maior biodiversidade.
Isso significa dizer que, durante a evolução, a dinamização das condições ambientais teria ocasionado momentos distintos de adaptação e seleção de espécies, primeiramente se desenvolvendo na água e posteriormente na terra, com a introdução do fator biótico.