A relação entre a água e os animais terrestres
Há cerca de 3,5 bilhões de anos, teria surgido a vida, desenvolvendo-se em conseqüência a favoráveis condições de um meio aquoso com grande concentração de nutrientes dissolvidos (aspecto hipotético dos mares primitivos).
A partir de então, ocorridas inúmeras transformações ambientais e biológicas, os organismos aquáticos foram adquirindo adaptações que permitiram gradativamente mudança de hábito, deixando o meio aquático em direção ao terrestre.
Contudo, sendo a água um elemento químico indispensável à vida, os primeiros seres a saírem da água enfrentaram duas grandes dificuldades fundamentais para a sobrevivência, seja durante o primórdio da vida (fase larval e embrionária) seguido pela vida adulta de vários seres:
- A primeira, proporcional à aquisição de água suficiente para a hidratação;
- E a segunda, envolvendo um mecanismo de armazenamento hídrico do organismo capaz de proporcionar a manutenção do mesmo.
Entre as características desenvolvidas, destacam-se: a simples ingestão de água; a presença de um esqueleto externo impermeável (artrópodes); secreção de muco polissacarídeo, aumentando a umidade da superfície corpórea (anelídeos); síntese de uma camada queratinizada sobre a pele, penas e escamas (mamíferos aves e répteis); e o tipo de reprodução, algumas espécies ainda necessitando total ou parcialmente de um meio fluido (invertebrados em geral e os anfíbios), e outras com suporte à anexos, por exemplo, o ovo e a placenta, contendo líquido (amniótico).