Mecanismo de feedback
Nosso organismo possui uma série de mecanismos que garantem seu equilíbrio e funcionamento adequado. Um desses mecanismos é o feedback, também chamado de retroalimentação. Ele pode ser considerado como uma mudança no estado de um dos componentes, gerando uma interação que reduz ou aumenta a resposta do sistema no qual está inserido. Existem dois tipos de feedback: o negativo e o positivo.
→ Feedback negativo
O feedback negativo é o mecanismo mais conhecido e está ligado diretamente à homeostase. A maioria das secreções de hormônios é regulada dessa forma. Ele caracteriza-se por ser um mecanismo que reduz um certo estímulo, revertendo a direção da mudança.
Como exemplo de feedback negativo, podemos citar a regulação dos níveis de açúcar no nosso sangue. Quando os níveis de açúcar em nosso corpo sobem, como quando nos alimentamos, observa-se o aumento da liberação de insulina. Essa insulina inibirá a liberação de glicose no fígado e estimulará o acúmulo de glicogênio.
Outro exemplo que pode ser citado é o funcionamento da tireoide. Quando os hormônios produzidos por essa glândula estão baixos, ocorre a produção de TRH pelo hipotálamo, o qual estimula a produção de TSH pela hipófise. O TSH alcança a tireoide, estimulando a síntese de seus hormônios: T3 e T4. Quando esses hormônios aumentam, inibe-se a secreção do TRH e também do TSH, diminuindo-se, assim, a síntese de hormônios tireoidianos.
→ Feedback positivo
Diferente do negativo, o feedback positivo é um mecanismo que amplifica o estímulo. Nesse sentido, esse mecanismo, às vezes, torna-se perigoso. Esse é o caso da perda excessiva de sangue. Quando ela ocorre, pode haver o comprometimento do bombeamento de sangue pelo coração. Isso leva a uma diminuição da pressão e também do fluxo sanguíneo no órgão. Com isso, o coração se enfraquece e menos sangue é bombeado. Nesse caso, o indivíduo pode morrer em decorrência da amplificação do estímulo.
Entretanto, nem sempre o feedback negativo causa danos. As contrações uterinas, por exemplo, intensificam-se graças a esse mecanismo. Quando o bebê vai nascer, sua cabeça encontra sensores na região da abertura do útero, os quais são estimulados pela pressão, causando a contração do útero. Quanto mais o útero se contrai, mais a cabeça do bebê é empurrada, ampliando as contrações. Essa amplificação do estímulo, portanto, leva ao nascimento do bebê.